Cartaz de divulgação do espetáculo
Cartaz de divulgação do espetáculo Divulgação
Por O Dia
Rio - O Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro arquivou uma investigação sobre o diretor e ator Davi Porto, um dos autores da peça 'Precisamos matar o Presidente', da companhia de teatro carioca Blabonga. O Ministério Público estadual (MPRJ) abriu a investigação, no dia 1º de março, após o deputado estadual Charlles Batista (PSL) apresentar notícia-crime por considerar a peça "ofensiva e danosa" à figura de Jair Bolsonaro (sem partido).
O pedido aconteceu cinco dias antes da estreia e abertura da temporada da peça – exibida online, por conta da pandemia, entre os dias 6 e 28 de março.
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Para o deputado, o nome da peça teatral incita os espectadores a cometerem "determinados crimes", e atenta contra "a paz e a ordem social".

"No próprio cartaz de publicidade do mesmo observamos várias palavras de cunho difamatório, que atentam contra a honra do presidente da República, bem como contra a segurança nacional, tais como: 'fascista', 'merda', 'vagabundo', 'guerra', etc", disse Charlles.
Na última quarta-feira (28), o MPRJ informou que, uma semana antes, a 4ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Territorial da área Penha e Irajá entendeu que não cabia a ela conduzir a investigação.

O caso foi repassado ao MPF, que arquivou a apuração porque "não encontrou potencialidade lesiva que justificasse a abertura de um inquérito policial, ainda mais por se tratar de uma obra teatral onde é garantida a liberdade de expressão".