Familiares de suspeitos acusam policiais de usarem facas durante operação
Familiares de suspeitos acusam policiais de usarem facas durante operaçãoDaniel Castelo Branco / Agência O DIA
Por O Dia
Rio - O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) acompanha a perícia nos corpos das pessoas mortas durante operação realizada ontem (06/05) no Jacarezinho, Zona Norte do Rio. Para isso, um médico perito do MP-RJ teve acesso integral às dependências do Instituto Médico Legal (IML), onde chegaram os corpos na manhã desta sexta-feira (07/05).
O perito vai acompanhar todo o trabalho no IML e registrar, inclusive em imagens, o que for do interesse da investigação independente do MP-RJ, que está sendo conduzida pela 1ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada do Núcleo Rio de Janeiro.
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"Venho pelo presente ressaltar a necessidade e importância da descrição precisa dos orifícios de entrada e saída de PAF e demais lesões apresentadas nos 25 cadáveres examinados para exame de necropsia por conta da realização da chamada Operação Exceptis, de modo a permitir avaliação das circunstâncias em que os ferimentos foram produzidos", diz ofício do MP-RJ encaminhado à direção do IML.
A apuração criteriosa dos fatos é importante para a avaliação da adoção das medidas de responsabilização aplicáveis. Desde o conhecimento das primeiras notícias referentes à operação, o MP-RJ diz que vem adotando todas as medidas para verificação das circunstâncias em que ocorreram as mortes. Na quinta-feira, o MP-RJ se dirigiu à comunidade do Jacarezinho, por meio de três promotores de Justiça e três estruturas próprias distintas: o já citado Grupo Temático Temporário (GTT) – Operações Policiais (ADPF 635-STF), a Coordenadoria-Geral de Segurança Pública e a Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ).

O MPRJ reitera a disponibilidade dos canais de comunicação do serviço de Plantão Permanente (atendimento pelo número 21 2215-7003, telefone e Whatsapp Business), 24 horas por dia, para apresentação de denúncias, informações e o oferecimento, por parte da população e da sociedade civil em geral, de registros audiovisuais que possam contribuir para a apuração dos fatos que possam vir a colaborar com as investigações deste e de outros casos em que possa haver irregularidades na operação policial. As comunicações podem ser feitas sob o mais absoluto sigilo.