A atual bula do imunizante não recomenda a aplicação em grávidas sem orientação médica individual.
A atual bula do imunizante não recomenda a aplicação em grávidas sem orientação médica individual. AFP
Por O Dia
Rio - O Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde investiga o caso de uma grávida que desenvolveu trombose dias após tomar vacina contra a covid-19 da AstraZeneca. A gestante é da cidade do Rio, e o caso foi informado pela Secretaria Municipal de Saúde. O programa federal, agora, estuda se houve mesmo relação entre a imunização e a formação do coágulo na paciente. O caso foi divulgado inicialmente pelo portal 'Metrópoles' e confirmado pelo DIA
Em março, a imunização com a vacina da Oxford/AstraZeneca foi suspensa por menos de uma semana em 16 países europeus, por suspeita de coágulos sanguíneos em alguns pacientes. A Agência Europeia de Medicamentos retomou o uso três dias depois da suspensão, por garantir que o imunizante era "seguro e eficaz". À época, a AstraZeneca afirmou que "de um total de 17 milhões de indivíduos, houve 15 eventos de trombose venosa profunda e 22 eventos de embolia pulmonar", e que "o número é muito menor do que seria de esperar". Na semana passada, a União Europeia informou que não iria renovar o contrato com a AstraZeneca, que vence em junho.
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No Rio, o o caso em investigação não altera o calendário de vacinação da cidade, baseado na Coronavac, na AstraZeneca e na Pfizer. Todas as vacinas são aprovadas pela Anvisa e com eficácia comprovada - a da AstraZeneca é de 79%. Na semana passada, o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, reforçou que todos os imunizantes são seguros, após relatos de que cariocas foram aos postos de saúde pedindo a vacina da Pfizer.
"Todas as vacinas são boas e protegem contra casos graves e óbitos por covid-19, então a nossa recomendação é que ninguém fique escolhendo vacina na unidade, tome o que tiver, se você estiver elegível e no seu momento de se vacinar, se imunize logo", disse.
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Até esta segunda-feira (10), a cidade do Rio já aplicou 1.508.922 doses da Coronavac, 682.938 doses da AstraZeneca/Fiocruz e 21.906 da Pfizer.
Gestantes com comorbidades seguem se vacinando
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Gestantes com comorbidades a partir de 18 anos continuam se vacinando nos postos de saúde do Rio. Não há escalonamento por idade. Mulheres em pós-parto, doentes renais crônicos (em diálise) e portadores de Síndrome de Down também se vacinam independentemente da faixa etária. Nesta segunda-feira, mulheres de 49 com comorbidades ou em grupos prioritários podem se vacinar. Na terça, é a vez de homens com 49 anos. Na quarta, mulheres de 48; na quinta, homens de 48; na sexta, mulheres de 47; e no sábado, homens de 47.