As investigações apontam que a milícia chefiada por Catiri foi responsável pela execução de Guilherme Bahia dos Santos. "O Guilherme pretendia executar os irmãos Rodrigo e Rafael, que são integrantes desse grupo. Mas os irmãos, conhecidos como 'Rato' e 'Bruxo' se anteciparam e vitimaram Guilherme. Através dessa investigação de homicídio foi possível angariar provas para a conclusão do inquérito da organização criminosa".
Catiri, apontado como chefe da milícia, chegou a ser preso em 2018, mas foi solto seis dias depois após um habeas corpus do desembargador Siro Darlan, do Tribunal de Justiça do Rio. O miliciano é considerado foragido e é um dos alvos da operação de hoje.
Segundo a polícia, até esta manhã, sete pessoas foram presas. Três por conta dos mandados de prisão, dois em flagrante por porte ilegal de arma de fogo e outros dois por flagrante em organização criminosa. Segundo o delegado, também foram apreendidos celulares, munições e armas de fogo. Os agentes também encontraram uniformes com inscrição da polícia, que eram usados nas extorsões feitas a comerciantes e moradores. "Todo esse material será levado para análise, pela perícia e servirá de insumo para novas investigações e identificação de comparsas desses criminosos".
A especializada também informou que o grupo atua por meio de extorsão, ameaça, prestação e exploração de serviços de 'gatonet', mototáxi e segurança nas regiões de Saracuruna e na comunidade Fernão Cardim. Durante a operação, foram retirados ligações em postes para os 'gatonet' e câmeras utilizadas pela milícia para monitorar comunidades de Del Castilho.
A ação conta com o apoio de 150 policiais. "O combate as grandes organizações criminosas e principalmente a milícia sempre foi um dos pilares da atual gestão da Secretaria de Polícia Civil. Então, vamos continuar firmes nesse combate", reforçou Santana.