PF e MP fazem operação contra quadrilha responsável por monopólio de cigarros contrabandeadosDivulgação / PF / Arquivo

Por Anderson Justino
Rio - As polícias Federal e Civil, o Ministério Público do Rio (MPRJ) e a Receita Federal deflagram nesta quinta-feira (24) a 'Operação Fumus' para prender criminosos que monopolizaram a comercialização ilegal de cigarros no Rio de Janeiro, impondo a violência. Entre os principais alvos estão os irmãos Adilson Oliveira Coutinho Filho, o Adilsinho, e Cláudio Nunes Coutinho, primos de Hélio Ribeiro de Oliveira, o Helinho, presidente de honra da escola de samba Acadêmicos do Grande Rio. Adilsinho e o irmão não foram encontrados e são considerados foragidos.
Ao todo, são 40 pessoas denunciadas, 34 mandados de prisão preventiva e 75 mandados de busca e apreensão expedidos. O irmão de Helinho, João ribeiro de Oliveira, e mais seis policiais militares também estão entre os denunciados. Quatro pessoas foram presas. Entre elas, os PMs Flávio Lúcio de Oliveira Lemos e Adriano Teixeira.
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Investigações apontam que entre setembro de 2019 e fevereiro de 2020 o bando obteve um lucro de mais de R$ 9 milhões, rendendo cerca de R$ 1,5 milhão por mês. O grupo age obrigando pequenos comerciantes a venderem cigarros de marca C-One, da Companhia Sulamericana de Tabacos, com sede em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.  
Procurada, a assessoria de imprensa da Grande Rio disse que não iria comentar sobre o caso. O DIA tenta contato com a Companhia Sulamericana de Tabacos.
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As investigações tiveram início em 2019 e, além da organização criminosa, apuram o cometimento de diversos outros crimes, entre eles: extorsão, roubo, corrupção, lavagem de dinheiro, duplicada simulada e delitos tributários. Os lucros oriundos da comercialização ilegal dos cigarros eram obtidos por meio de roubo e extorsão de comerciantes; e os demais crimes praticados para sustentar e manter a atividade delituosa da organização.
A operação emprega mais de 300 policiais federais, além de promotores e agentes do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e policiais da Corregedoria da Polícia Civil.
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Em nota, a Polícia Civil informou que "a Corregedoria da Polícia Civil participou da operação de hoje, que apura fatos que aconteceram em gestões passadas. A Polícia Civil, na atual gestão, tem como uma de suas metas auxiliar no aumento da arrecadação fiscal do estado. Para isso, entre outras ações, está o foco na repressão ao contrabando de cigarros, especialmente nas fronteiras do estado, onde vem fomentando sua atuação de combate e repressão".
Já a Polícia Militar informou que atuou em conjunto na operação. "A Corregedoria da Polícia Militar já tem procedimentos apuratórios internos em aberto para averiguar os policiais militares envolvidos no caso. A corporação seguirá colaborando com as investigações. Ressaltamos que o Comando da Corporação não compactua com possíveis desvios de conduta ou excessos cometidos por seus integrantes, punindo com rigor os envolvidos quando constatados os fatos".
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De acordo com a PF, o bando atua em áreas dominadas por traficantes ou por milícias. 
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