Fernando Henrique, Alexandre Silva, e Lucas Matheus, estão desaparecidos há quase seis mesesReprodução

Por Anderson Justino
Rio - Familiares do meninos desaparecidos há cerca de seis meses em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, estiveram na sede da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), na manhã desta quinta-feira (1º), e participaram de uma reunião com representantes do Ministério Público do Rio, da Defensoria Pública, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ) e o delegado responsável pelo caso. A reunião durou pouco mais de duas horas. Familiares ouviram do delegado responsável pela investigações que a Polícia Civil vem recebendo um número alto de informações falsas e trotes através do Disque Denúncia. A polícia também abriu uma nova linha de apuração, mas não entrou em detalhes para não comprometer as buscas. 
No último dia 17 de junho, em audiência com a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) que apura casos de desaparecimento de crianças no Estado, o delegado Uriel Alcântara, diretor da DHBF, revelou que as respostas sobre o sumiço dos meninos estavam próximas de uma solução.
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"As informações são sigilosas e, em breve, vamos solucionar o caso. Temos também que considerar que o município tem uma estrutura urbana ruim, sem monitoramento por câmeras, diferentemente de outros locais da cidade do Rio de Janeiro", disse o delegado.
O sumiço das crianças segue sem solução. Os meninos Fernando Henrique, de 12 anos, Alexandre Silva, 11, e Lucas Matheus, 9 anos, foram vistos pelos última vez no dia 27 de dezembro. Segundo familiares e testemunhas, eles saíram de casa, na comunidade Castellar e seguiram para uma feira no bairro Areia Branca.
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A Polícia Civil analisou mais de 80 câmeras de segurança e não conseguiu imagens dos meninos. Em março, promotores do MPRJ conseguiram imagens que registraram os meninos circulando em um bairro vizinho. 
O deputado estadual Alexandre Knoploch (PSL), presidente da CPI das Crianças Desaparecidas da Alerj, também participou do encontro. "O meu papel como presidente da CPI é cobrar que as investigações de casos de desaparecidos sejam feitas da melhor forma possível. Neste caso de Belford Roxo não é diferente. As famílias dessas crianças estão contando com o trabalho do poder público e, segundo me foi passado, há uma nova linha de investigação", explicou.