Tainá Romão foi vítima de uma tentativa de homicídio a caminho do trabalho, em JacarepaguáREPRODUÇÃO FACEBOOK

Por Yuri Eiras
Rio - Fernando sequer pensa em sair à rua desde que as redes sociais começaram a espalhar fotos de seu irmão gêmeo, Felipe Mariotti, apontado como responsável por tentativa de feminicídio após ter esfaqueado a ex-namorada, Tainá Romão, no sábado (3), em Jacarepaguá. A Polícia Civil faz buscas para encontrar o autor do crime, enquanto o irmão sente medo de ser confundido. Tainá, que sofreu 12 perfurações, segue internada em uma unidade particular e tem quadro estável. Ela já foi ouvida pelos agentes no hospital. 
"Quando começou a rolar a mídia, nem todo mundo esclareceu que a gente era gêmeos. Muita gente na hora da raiva começou a jogar no Facebook a foto do meu irmão, mas não colocaram o nome, não esclareceram", conta Fernando. "Como somos muito parecidos, fica muito perigoso estar pela rua, sair. Não consigo nem sair de casa, está complicado".
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Fernando afirma não ter sido vítima de nenhum ataque nas redes sociais, mas vai evitar se expor até a resolução do episódio. "Vai ser tudo resolvido", disse ele.
A ocorrência foi registrada na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Jacarepaguá, e a Polícia Civil afirmou que "diligências estão em andamento" para localizar e prender Felipe Mariotti. 
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Ex-namorado a perseguia até de madrugada
Tainá Romão foi esfaqueada a caminho do trabalho, em Jacarepaguá. Segundo testemunhas, Felipe estava de carro e fugiu em direção à Cidade de Deus. Tainá, que sofreu 12 perfurações de faca no braço esquerdo e no colo, foi socorrida por pessoas que passavam no local. Ela foi encaminhada à UPA da Taquara, e depois levada para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra. De lá, transferida novamente para uma unidade particular. Ela está lúcida e tem quadro estável.
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A ocorrência foi registrada na Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM) de Jacarepaguá, onde policiais verificaram que já havia uma medida protetiva para Tainá contra o acusado. 
Segundo Raquel Romão, irmã de Tainá, o ex-namorado a perseguia até de madrugada. "Ele é uma pessoa que não aceita o fim do relacionamento há dois anos. Já diversas vezes fomos para a delegacia. Já tinha o cumprimento de distância", disse Raquel. "Ela estava chegando no trabalho, já tinha avisado aos colegas. Foi coisa de minutos. Ele fez tudo premeditado, sabia que ela passaria por ali", completou a irmã.