Câmeras do local flagraram movimentação de veículo usado pelos criminosos dois dias antes do ataque no box de Crossfit Divulgação

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Thuany Dossares
Rio - Policiais da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) descobriram que os responsáveis por atacar a tiros dois PMs num box de crossfit em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, no dia 30 de junho, já tinham ido no local dois dias antes do crime e vigiado a movimentação. A principal linha de investigação da especializada é de que o atentado, que culminou na morte de uma das vítimas dias depois, tenha sido cometido por milicianos.

O DIA teve acesso com exclusividade às imagens de câmeras de segurança que revelaram que no dia 28 de junho o mesmo veículo usado pelos criminosos, um Gol cinza, ficou estacionado em frente ao box durante uma hora e quarenta minutos. O carro chega no endereço às 6h05 e só vai embora às 7h46. Durante todo período, não houve movimentação de entrada ou saída do veículo.
 

Os agentes acreditam que os suspeitos já estavam monitorando os cabos Evaldo Souza Torres, de 38 anos, e Gilson de Oliveira Firmino, e aguardavam seus alvos. No entanto, como os policiais não chegaram no horário previsto para treinar, eles resolveram ir embora.

Segundo a DHBF, dois dias depois, no dia 30 de junho, o mesmo veículo volta ao local e novamente fica aguardando a chegada dos militares. Torres e Firmino chegam de moto às 6h59 e estacionam atrás do carro dos bandidos. 
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As imagens mostram que os criminosos esperam cerca de 15 segundos para os PMs entrarem no box e só depois iniciarem o ataque. Dois homens armados, vestidos de preto, encapuzados e com luvas desembarcam do carro e correm para dentro do espaço. Um terceiro criminoso armado de fuzil fica do lado de fora dando cobertura aos comparsas. 

Os dois criminosos já entram no box atirando contra os policiais. Todo atentado foi flagrado pelas câmeras de segurança. É possível ver o momento em que os agentes são feridos e a luta corporal entre um criminoso e um dos PMs. Na briga, o militar consegue desarmar o bandido e atira contra ele, que acabou morrendo poucos metros a frente, durante a fuga do grupo. 


Os agentes da DH identificaram o suspeito que morreu como Leandro Lopes da Cunha. Ele ficou preso entre 2014 e dezembro de 2019, e já possuía anotações criminais por roubo majorado, porte ilegal de arma e receptação.

As câmeras também mostraram que um policial que mora na região, viu a ação criminosa e também reagiu atirando contra os bandidos.
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O cabo Torres ficou cinco dias internado no Hospital da Posse, mas não resistiu ao ferimento e acabou falecendo no último dia 4.

A DHBF pede que quem tiver informações que possam levá-los a identificar e prender os responsáveis pelo atentado, denuncie através do Whatsapp da delegacia, pelo número (21) 98596-7442, ou do Disque-Denúncia pelo telefone 2253-1177.