Iniciativa foi criada para aproximar as forças policiais da populaçãoPaulo Fernandes/ Operação Segurança Presente

Rio - Desde a inauguração da primeira base da Operação Segurança Presente, no bairro da Lapa, no Centro do Rio, em 2014, mais de 250 pessoas foram encontradas e mais de 202 mil atendimentos sociais foram realizados pelas assistentes sociais que atuam nas bases. A iniciativa foi criada para aproximar as forças policiais da população e, em apoio a Delegacia de Descobertas de Paradeiros (DDPA), orienta familiares e busca pessoas desaparecidas.
As assistentes sociais do programa orientam os familiares de desaparecidos a fazerem um registro de ocorrência na delegacia para comunicar o fato. A informação permite que os conhecidos sejam contatados imediatamente quando alguém é encontrado. Além dessa orientação, os cartazes de desaparecidos são compartilhados entre os policiais das operações Segurança Presente e assistentes sociais, permitindo que ajudem na busca.
Publicidade
"A gente tenta fazer uma busca ativa, sem ultrapassar os limites do programa e sabendo que tem órgãos competentes que também fazem esse trabalho. Quando encontramos uma pessoa desaparecida, damos todo o auxílio necessário e vamos até a família desse desaparecido para promover o reencontro", contou a assistente social do Segurança Presente, Marilene Maciel.
Uma dessas pessoas encontradas recentemente pelo Segurança Presente foi Simone Franco, moradora do município de Osvaldo Cruz, no interior de São Paulo. A jovem estava no terminal das barcas da Praça XV, no Centro do Rio. Simone constava como desaparecida há duas semanas e sua família acreditava que estava em Presidente Prudente, município vizinho de onde moram.
Publicidade
"Quando a Simone desapareceu começou a angústia. Foi muito difícil, a gente ficou um tempo sem notícias dela, até que a dona Marilene entrou em contato com a nossa família avisando que a encontraram e a trariam para casa", relatou Janete Franco, irmã da Simone. Quando Simone foi identificada em situação vulnerável, a assistente social compareceu ao local para ajudar a jovem.
Ela foi encaminhada para assistência médica e, quando constatado a sua situação como desaparecida, a família foi contatada. "Na época eu estava um pouco perdida, quando eu comecei a conversar com a Marilene tive medo de falar que estava em situação de rua, mas eventualmente contei. Se não fosse por ela, não sei onde estaria hoje. Ela me ajudou muito", lembra Simone.
Publicidade