Rio - Familiares de Priscila Carmo encontraram, nesta segunda-feira, com a Defensoria Pública e membros da comissão dos Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A vendedora ambulante era moradora do Chapadão, na Zona Norte do Rio e foi morta por um disparo de arma de fogo, na última quinta-feira, na comunidade.
Priscila foi baleada durante uma troca de tiros entre policiais militares e criminosos. A família é acompanhada pela Ong Rio de Paz, que já esteve com os parentes da mulher e testemunhas do crime na sexta-feira, para colher relatos. Segundo os moradores, a mulher foi executada com um tiro nas costas enquanto saía de uma padaria.
"Fizemos esse primeiro atendimento e estamos, agora, encaminhando a família para as autoridades seguirem com a devida apuração desse caso", explicou o mobilizador político e articulador social, João Luís Silva.
Na reunião ficou decidido que a comissão da OAB vai auxiliar as famílias na delegacia com acompanhamento jurídico nos depoimentos. A Defensoria vai atuar no processo de responsabilização para os agentes de segurança e indenização para a família e a Comissão de Direitos Humanos da Alerj vai acompanhar com atendimento psicosocial.
Durante a semana os órgãos vão realizar um atendimento de escuta coletiva na comunidade do chapadão. A Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Alerj, a deputada Dani Monteiro disse que o caso de Priscila não é mais uma situação isolada.
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“Mais uma vez a polícia e o Estado mostram, da pior maneira possível, o seu despreparo. A família da Priscila é mais uma que tem seus planos, sonhos e vidas interrompidas por uma política de segurança pública falha que alimenta a lógica de que agentes podem decidir quem vive e quem morre com a permissão do Estado. Vamos cobrar e acompanhar o caso em busca de justiça”, disse a parlamentar.
Priscila foi enterrada no início da tarde de sábado (14), no Cemitério de Inhaúma. A mulher tinha dois filhos, um menino de 8 anos e uma adolescente de 15.
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