Encontro de parentes e amigos de vítimas da violência no Complexo do Chapadão Fabio Costa/Agência O Dia
Fernanda Alves, moradora da comunidade, atingida por um disparo de fuzil em uma situação parecida com a que vitimou Priscila, relembrou durante a reunião o dia em que viveu a violência nas ruas da favela.
"Joguei minha filha no chão e a polícia atirando, atirando. Quando abrimos os olhos vimos eles agachados atirando. Um dos tiros pegou em mim. Estou com uma bala de fuzil alojada. Minha filha de 4 anos pegou trauma. Ela escuta tiro e começa a ficar nervosa. Ela precisa de psicólogo toda semana", conta.
Thaysi Cristina, de 30 anos, também participou da ação e disse como se tornou uma vítima da violência na comunidade. Ela foi atingida no queixo em 2011 quando ia levar o filho na escola. A bala perfurou o rosto e segue alojada em seu pescoço. "Hoje sofro de ansiedade e vivo com medo", revelou.
O encontro com as vítimas da violência no Complexo do Chapadão, em Costa Barros, na Zona Norte, começou por volta das 14h30, com uma roda de conversa e terminou com a visita dos parentes de Priscila ao lugar onde ela foi atingida pelo disparo. Emocionada, a irmã da jovem, Taiana, chegou a apontar para a marca do disparo que, após atingir sua irmã, perfurou uma parede de uma casa na comunidade.
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