Empresário também seria o responsável por empresa distribuidora de bebidasReprodução de Istagram

Rio - O Ministério Público do Rio denunciou, nesta segunda-feira, o empresário Christian Kistmann Jacob, 31 anos, por estelionato e furto. De acordo com a 2ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal de Violência Doméstica da área Oeste/Jacarepaguá, Christian teria usado a confiança conquistada no relacionamento com as ex-namoradas para convencê-las a investir em supostas "oportunidades de negócios", que não existiam. Os valores investidos pelas vítimas chegaram a R$ 24 mil.
De acordo com a denúncia, durante determinado período, Christian manteve dois relacionamentos amorosos simultâneos, sem o conhecimento das envolvidas, e se apresentava como empresário. Ele se dizia dono de uma empresa nos Estados Unidos de "dropshipping" e alegava que precisava de investimento para trazer a atuação também para o Brasil. Contudo, segundo a Polícia Civil, a referida empresa nunca existiu.
No período em que esteve com as duas mulheres, segundo o MP, ele se aproveitou da convivência diária e confiança para furtar objetos das vítimas, como um relógio, avaliado em R$50 mil, uma pulseira e um fone de ouvido, que custam cerca de R$ 2 mil cada. Christian chegou a morar com uma das ex-namoradas.
Dados levantados 13ª DP (Ipanema), que acompanhou o caso, indicaram ainda que Christian teria enganado ainda outros três amigos com a oferta de investimento na sua suposta empresa. "Evidente intenção de causar prejuízo a estas e auferir vantagem econômica em seu próprio benefício", disse a Polícia Civil, em nota.
Ainda de acordo com a promotoria, "as infrações penais foram praticadas em âmbito de relações íntimas de afeto, de modo que as condutas suportadas pelas vítimas configuram forma de violência doméstica e familiar contra a mulher".

A denúncia do MPRJ será analisada pelo Juizado da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher do Foro Regional da Barra da Tijuca.
A defesa do empresário foi procurada pela reportagem de O DIA, mas, até o momento, não se manifestou sobre a decisão do Ministério Público.