Francisco Jailton de Souza teria confessado que matou Eva da SilvaArquivo Pessoal

Rio - Francisco Jailton de Souza, de 32 anos será levado a júri popular pelo assassinato de sua ex-companheira no dia 3 de junho de 2019, em Rio das Pedras, Zona Oeste do Rio. Ele teria matado Eva Aparecida da Silva, de 40 anos, com golpes de marreta por vingança. O julgamento está marcado para 30 de setembro, no 3º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro.
De acordo com as investigações, Eva estava debruçada na cama de um dos cômodos, com marcas de marteladas por todo o corpo. Uma testemunha relatou aos agentes da Delegacia de Homicídios da Capital que, durante uma conversa no WhatsApp, o homem confessou o crime.
Testemunhas disseram que Eva estava em um bar junto com o companheiro e eles tiveram uma discussão. Em seguida, o casal foi para para casa e a briga continuou. Quando a vítima foi dormir, o suspeito pegou um martelo e a golpeou.
No despacho que mantém a decisão de prisão preventiva de Francisco, em março de 2020, o juiz argumenta que o crime foi cometido por motivo torpe, uma vez que o acusado teria agido por vingança após supostos xingamentos proferidos pela vítima. Além disso, segundo o texto da 3ª Vara Criminal, há ainda elementos suficientes para sugerir que o crime foi cometido de forma que dificultou a defesa da vítima vez que, supostamente, após uma discussão o denunciado atingiu a vítima com golpes em sua cabeça com uma marreta. Por fim, o delito foi praticado contra mulher em razão do sexo feminino e no contexto de violência doméstica.

"Trata-se de crime doloso contra a vida feminina cujo mérito será apreciado pelo júri popular, restando certa a necessidade de assegurar a lisura de toda a instrução até decisão final. Ademais, os indícios de envolvimento do acusado no crime são fortes e a prática delituosa foi de grande relevância na comunidade", escreveu o juiz.