Carlos Monteiro da Silva, investidor que acusa os donos da GAS ConsultoriaMarco Porto/Agência O DIA

Rio - Vítima da quadrilha investigada por esquema fraudulento de pirâmide, montado pelo ex-garçom Glaidson Acácio dos Santos, o investidor Carlos Monteiro da Silva disse ter sido convidada a investir em moedas virtuais dentro de uma igreja evangélica em Cabo Frio, na Região dos Lagos. Ele tenta receber R$ 35 mil investidos em bitcoins. 
Carlos Monteiro esteve na sede da Polícia Federal no Rio após ter ciência de que o empresário João Marcus Pinheiro Dumas Viana era um dos alvos da segunda fase da Operação 'Kryptos'. O empresário é acusado de ser um dos operadores do esquema e foi ele quem o convenceu a investir. 
Para a imprensa, o investidor disse ter recebido ameaças de morte do operador da GAS Consultoria. As conversas aconteciam nas dependências de uma sede da Igreja Universal em Cabo Frio. Ele investiu o dinheiro recebido da pensão após a morte de um parente. Carlos explica que as abordagens dentro da igreja eram normais com ele. 
"Eles alteraram o contrato que era de 12 meses para 24 meses. Em uma conversa, ele (João Marcus) pediu para eu assinar a promissória. Ele disse que tanto ele, quanto os seguranças do Glaidson estavam cansados de mim. Eu perguntei se era ameaça e ele disse para que entendesse como quisesse".
Glaidson Acácio é o ex-garçom dono da GAS Consultoria. Ele foi preso no dia 25 de agosto, na primeira fase da operação. A venezuelana Mirelis Zerpa, esposa dele, está foragida. A Polícia Federal já sabe que ela fugiu para os EUA. Assim que for presa, será deportada. A GAS tem um capital social de R$ 75 milhões. 
Na segunda fase da operação, além do empresário João Marcus, a polícia também tentou localizar o corretor de imóveis Michael de Souza Magno, conhecido como 'corretor das celebridades'