Traficante ostentava armas em fotos nas redes sociaisDivulgação

A Polícia Civil prendeu nesta quarta-feira (15) o traficante Rafael de Oliveira Panjota, o GD, que vinha sendo o elo entre o Comando Vermelho de Manaus e o do Rio de Janeiro no fornecimento de drogas. O criminoso faz parte do grupo de Erick Batista Costa, o Dadinho, líder da facção Comando Vermelho no Amazonas que foi morto em uma ação policial, em junho. GD teria assumido o comando para intermediar e organizar a logística do transporte de drogas após a morte do comparsa. Ele foi preso no Vidigal, na Zona Sul, enquanto ia para a praia do Leblon.
O traficante passou a morar na comunidade do Vidigal, na Zona Sul, e começou a articular o envio de droga conhecida como skunk para o Rio de Janeiro depois que Dadinho morreu. O novo endereço não foi a única mudança do criminoso. Ao vir para território carioca, ele alterou seu apelido para Taz. A mudança teve ampla divulgação do mesmo através de redes sociais.
Aparentemente à vontade com a nova vida em solo carioca, GD/ Taz fazia diversas postagens em redes sociais ostentado armas de fogo de grosso calibre como fuzis, pistolas e efetuando a venda de entorpecentes.

O traficante fornecia skunk para comunidades do Vidigal, Parque União e Rocinha, sendo o responsável também pela logística. Ele, inclusive, anunciava em seus perfis a chegada de cargas e a revenda das drogas.


Ação conjunta
A polícia do Rio, ao descobrir a atuação de DG no estado, entrou em contato com a Secretaria Executiva Adjunta de Inteligência do Amazonas elaborando um pedido de busca sobre as atividades criminosas exercidas por ele. Retornando o pedido de busca, ficou comprovado a atuação dele no tráfico de drogas e foi elaborada uma operação de campana por policiais do Grupo de Investigações Complementar (GIC).
O trabalho em conjunto das polícias do Rio, Pará e do Amazonas começou após os ataques em Manaus, em junho, quando ficou comprovado que as ordens vinham de traficantes do Comando Vermelho no Amazonas que haviam encontrado guarita em comunidades do Rio. A atuação da polícia resultou em diversas prisões em Manaus, no Rio e em São Paulo, na operação Coalizão do Bem. Na ocasião foram presos no Complexo da Penha Marcelo Silva Nunes, conhecido como 'jogador', e Pedro da Silva de Carvalho, o Pedrinho.
GD foi o terceiro traficante do Amazonas preso no Rio. Ele se deslocava da comunidade do Vidigal para a praia do Leblon. O criminoso já havia sido preso em janeiro de 2021 pela prática de tráfico de entorpecentes e porte de arma em Manaus, mas foi colocado em regime semiaberto em junho, cinco meses depois de sua prisão.