Além das lojas fechadas, motoristas de vans retiraram seus veículos de circulação. Ônibus que circulam na região também tiveram linhas afetadas ou interrompidas momentaneamente. "Parte da frota que circula na região afetada teve suas linhas remanejadas ou interrompidas momentaneamente para garantia de segurança de passageiros e motoristas, bem como para evitar atos de vandalismo e incêndios criminosos a ônibus. O Rio Ônibus ressalta a necessidade de maior atenção das forças de Segurança Pública no patrulhamento dos itinerários, permitindo que o transportes da população opere sem danos", informou o Rio Ônibus, em nota.
Às 14h15, o BRT Rio informou, em sua página do Twitter, que, por questões de segurança pública, o corredor Transoeste está temporariamente interrompido no trecho da Avenida Cesário de Melo. Com isso, o serviço 14 - Salvador Allende x Campo Grande (Semidireto) e Lecd33 - Santa Cruz x Campo Grande estão suspensos. Os demais serviços seguem funcionando normalmente, até o momento.
O #BRTRio informa que, por questões de segurança pública, o corredor Transoeste está temporariamente interrompido no trecho da Avenida Cesario de Melo . Com isso, o serviço 14 - Salvador Allende x Campo Grande (Semidireto) e Lecd33 - Santa Cruz x Campo Grande estão suspensos. pic.twitter.com/KKkfGeX4f4
Por conta da sequência de ataques, a Polícia Militar reforçou o policiamento na região da Estrada do Campinho, principal ponto onde milicianos foram flagrados ateando fogo nos veículos. Nas redes sociais, a PM informou que viaturas do 40º BPM (Campo Grande) realizam patrulhamento dinâmico pelas ruas do Centro de Campo Grande, com o apoio de outras unidades deslocadas para a região. Comboios do Batalhão de Rondas Especiais e Controle de Multidões (Recom) atuam em diversas vias do bairro e de Santa Cruz. Além disso, aeronaves do Grupamento Aeromóvel (GAM) sobrevoam toda a Zona Oeste.
Vídeos divulgados nas redes sociais mostram homens armados com fuzis incendiando uma van e logo em seguida atirando para o alto. Moradores da região relataram clima de terror e desabafam sobre a sensação de insegurança em publicações nas redes sociais. Nesta quinta, o bairro de Santa Cruz chegou a ficar entre os assuntos mais comentados do Twitter, por conta da violência.
"O que 'ta' acontecendo na Zona Oeste 'tá' muito bizarro, Santa Cruz e Campo Grande começando a falar de toque de recolher, carro sendo incendiado, milícia pra tudo quanto é canto", escreveu um internauta. "Eu 'tô' muito triste com o caos que 'tá' Santa Cruz, eu tinha maior orgulho de falar que é o lugar mais tranquilo que existe", lamentou outro.
"Gente... Santa Cruz 'tá' um caos, o Rio de Janeiro 'tá' em guerra e ainda tem um monte de crianças nas escolas", comentou mais um. "‘Tá’ tendo guerra de milícia nos bairros da Zona Oeste do RJ, cancelaram a aula do curso hoje, 'pra' vocês que moram nos bairros de Campo Grande, Santa Cruz e afins, não saiam de casa", relatou uma usuária.
"‘Bagulho’ 'tá' tenso demais na Zona Oeste. Santa Cruz, Campo Grande, Sepetiba, Pedra, tudo um caos por causa de guerra de milicianos. Há 15, 20 anos atrás esses eram os bairros ‘pra’ onde as pessoas migravam em busca de paz e sossego. Não mais", desabafou uma pessoa.
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