Mulheres tiveram os cabelos raspados em comunidade na Zona OesteReprodução
Polícia ainda tenta identificar criminosos que rasparam cabelo de jovens; vítimas não foram à delegacia
O caso, que repercutiu na semana passada, foi registrado em vídeo e chegou ao conhecimento da 33ª DP, que está responsável pelas investigações
Rio - A Polícia Civil tenta identificar as vítimas que aparecem em um vídeo tendo seus cabelos raspados por integrantes do tráfico de drogas na Comunidade Nogueira, em Realengo, Zona Oeste do Rio. De acordo com o delegado titular Rodrigo Barros, da 33ª DP, que comanda as investigações, as jovens não compareceram à distrital, provavelmente com medo de represálias. A ocorrência foi registrada com base nas informações de redes sociais e vídeos. A polícia também trabalha para identificar os responsáveis pelo crime.
Na semana passada, um vídeo começou a circular pelas redes sociais mostrando jovens tendo suas cabeças raspadas por traficantes, que estariam supostamente a mando do dono do morro da Comunidade Nogueira.
De acordo com relatos, a ordem veio depois que o líder do tráfico da região tomou conhecimento de uma conversa por mensagem das meninas sobre ele e sua esposa, no entanto, essa linha de investigação ainda não foi confirmada pelo delegado responsável.
Em um dos vídeos divulgados em grupos de WhatsApp, um traficante, em tom irônico, comenta a situação ao questionar uma das garotas. "Fala, eu sou amante, mas estou fazendo fofoca para a fiel. Eu não banco cadeia e sou piranha. Pra ser fiel você tem que bancar cadeia, tu não banca cadeia", ironizava.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.