Licitação atende a decreto do governador Cláudio CastroMarcos Porto / Agência O Dia

Rio - O número de homicídios dolosos acumulado de janeiro a agosto no Rio foi o menor já registrado nos últimos 31 anos. O dado faz parte do levantamento de agosto feito pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), que identificou uma queda de 7% no índice em comparação ao mesmo período de 2020. Ao todo, foram 2.240 mortes, chegando ao menor valor para os meses desde 1991, quando se iniciou a série histórica.
De acordo com o instituto, só o mês de agosto deste ano, com 258 homicídios, teve redução de 1% se comparado com agosto do ano passado. Pela série histórica, o número de casos nos 30 dias foi o menor desde 1991. Outro número que chama atenção no levantamento de agosto do ISP, foi a queda de 6% nos de crimes violentos intencionais, que inclui homicídios dolosos, lesão corporal seguida de morte e latrocínio (roubo seguido de morte). Os dados são os mais baixos para o indicador desde 1999.
Os roubos de carga caíram 16% no acumulado até agosto em comparação com o ano passado. O número foi ainda melhor no comparativo de agosto para agosto, quando a queda alcança 23%. Já os roubos de rua tiveram uma redução de 6% em relação ao acumulado do ano passado e de 10% contra agosto.
Prisões e apreensões
De janeiro a agosto, as polícias Civil e Militar prenderam em flagrante 22.797 pessoas. O número representa cerca de 94 prisões sendo efetuadas por dia em todo o estado. Além das prisões, a polícia também apreendeu  4.810 armas, sendo 260 delas, fuzis. O número significa que, em média, mais de um fuzil foi apreendido por dia em 2021 no estado. 

"O investimento que estamos fazendo nas polícias, com treinamento de agentes, melhorias das estruturas e equipamentos tem sido fundamental para essa constante queda dos crimes contra a vida, que é o bem mais precioso que temos. Também temos que comemorar a redução de roubos de carga e de rua, esses indicadores impactam diretamente na sensação de segurança da população", destacou o governador Cláudio Castro.
A diretora-presidente do ISP, Marcela Ortiz, analisa os números em comparativo com o ano de 2020, que foi um ano de maiores restrições devido a pandemia e circulação menor nas ruas.
"Os roubos de rua caso e de carga tiveram queda mesmo na comparação com agosto de 2020, quando tínhamos um nível maior de isolamento social e, consequentemente, uma queda substancial nos registros dos indicadores desse grupo por conta da menor circulação de pessoas nas rua", pontou Ortiz.