Material aterrado poderia ser reutilizadoReprodução internet

Rio - Um estudo realizado pela Firjan mostrou que estado do Rio enterra anualmente R$ 1 bilhão em materiais que poderiam seguir o caminho da reciclagem e gerar recursos para o estado. O “Mapeamento dos Fluxos de Recicláveis Pós-Consumo no Estado do Rio de Janeiro”, foi idealizado com o objetivo de auxiliar na produção de reciclagem, estimulando a retenção de recursos materiais e econômicos, além da redução da sobrecarga dos resíduos ao meio ambiente.

Somando o volume de lixo não coletado ou foi depositado em local inadequado, no meio ambiente, a estimativa é de que 319 mil toneladas de resíduos foram perdidas para o ambiente no estado em 2019. Isso representa oito vezes mais do que o total recolhido pela coleta seletiva de todos os municípios no território fluminense.

O estudo é baseado em dados públicos oficiais de órgãos ambientais e investigou a trajetória materiais que saíram do ambiente produtivo e tornaram-se resíduos após o uso final, sendo eles tanto de domicílios como de geradores empresariais. Os dados entregam aos investidores, gestores empresariais, formuladores de políticas públicas e outros tomadores de decisão – subsídios para que o estado adote a reciclagem.
Ainda de acordo com a pesquisa, mais de 1,7 milhão de toneladas vão para aterros sanitários ao invés de serem reaproveitados. “A solução passa por desburocratização das atividades de reciclagem, reconhecimento do seu potencial econômico e incentivos positivos à separação na origem”, explica Isaac Plachta, presidente do Conselho Empresarial de Meio Ambiente da Firjan.
Os números evidenciam que, enquanto 60 mil toneladas de metal são recicladas, mais de 80 mil potencialmente recicláveis são aterrados. Nos materiais, papel e papelão a perda é ainda significativamente: apenas 50 mil toneladas são recicladas contra 740 mil toneladas aterradas. Luiz Césio Caetano, presidente em exercício da Firjan, ressalta que o estudo trouxe informações e características específicas de cada região do estado.
“Com todas estas informações, vamos trabalhar agendas específicas regionais para alavancar o potencial de novos negócios ou ainda buscar junto aos governos e outros atores regionais a solução de situações locais específicas”, analisou.