Samuel Vicente, de 18 anosReprodução

Rio - O jovem Samuel Vicente, de 17 anos e o padrasto, William Vasconcellos, de 38 serão enterrados nesta terça-feira (28), no Cemitério de Olinda, em Nilópolis, Região Metropolitana do Rio às 11h30. Ambos foram baleados pela PM, no último sábado quando Samuel e William levavam a namorada do rapaz, Camily da Silva Apolinário, a uma UPA da região, pois a menina estaria passando mal. Ela também foi baleada e já recebeu alta. Além do trio, uma quarta pessoa que não teve a identificação divulgada também foi ferida.
Os policiais que atuaram na ação disseram que os baleados eram suspeitos de envolvimento com o tráfico, mas a versão foi desmentida pela família. Samuel era aluno de uma escola da Polícia Militar e o padrasto trabalhava em uma farmácia ao lado de casa. 
A Polícia Civil disse, nesta segunda-feira (27), que a Delegacia de Homicídios da Capital não poderá investigar o caso por falta de efetivo. "A condução da investigação está a cargo da 31ª DP (Ricardo de Albuquerque) e não da DHC, pois quando foi criada ficou definido por normativa que a Área Integrada de Segurança Pública (AISP), que engloba as circunscrições da 27ª (Vicente de Carvalho), 31ª DP e 39ª DP (Pavuna), ficaria de fora por falta de efetivo. Como praticamente não houve concursos públicos nos últimos 10 anos, a Polícia Civil não teve como ampliar o efetivo e o escopo da DHC", alegou a corporação.
O depoimento dos policiais militares Leonardo Soares Carneiro e Edson de Almeida Santana, que estavam na operação policial que resultou nas mortes apresentam contradições. Em um primeiro momento, os PMs afirmam que atiraram porque Samuel estaria com um fuzil e mirou na direção deles. Logo depois, os agentes alegam ter encontrado uma arma menor.
Armas apreendidas
A Polícia Civil afirma que a diligências estão sendo realizadas realizadas e que testemunhas estão prestando depoimento. O caso inicialmente foi registrado na delegacia de Vicente de Carvalho e transferido para a 31ª DP (Ricardo de Albuquerque).De acordo com a instituição, as armas dos policiais militares foram apreendidas e levadas para serem periciadas.
O porta-voz da PM, tenente-coronel Ivan Blaz, disse que a Corporação da PM abriu inquérito e vai apurar os depoimentos dos policiais. A PM vai colaborar com as investigações da Polícia Civil.