Policial Civil Guilherme da Silva Torres, de 47 anos, morto na Cidade de DeusDivulgação
Polícia investiga morte de policial civil na Cidade de Deus; adesivador foi obrigado a retirar corpo da comunidade
Corpo do inspetor Guilherme da Silva Torres foi retirado de dentro da comunidade e deixado na porta do Hospital Colônia de Curupaiti
Rio - A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) vai investigar a morte de um policial civil, ocorrida dentro da Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, na madrugada desta terça-feira (5). O corpo de inspetor Guilherme da Silva Torres, de 47 anos, foi carregado de dentro da comunidade e deixado na porta do Instituto Estadual de Dermatologia Sanitária (Ieds), antigo Hospital Colônia de Curupaiti, no bairro Tanque. O agente retornou há pouco meses ao serviço, após ficar fora do país.
De acordo com a Polícia Militar, uma equipe do 18º BPM (Jacarepaguá) foi acionada para a região, onde houve a informação de um corpo deixado na Rua Godofredo Viana. A PM constatou o fato e acionou a Polícia Civil.
Uma testemunha contou que foi obrigada por traficantes, enquanto trabalhava para uma empresa de outdoors em um dos acessos à Cidade de Deus, a entrar na comunidade e retirar o corpo do policial dentro de seu carro de trabalho.
A testemunha relatou, ainda, que bandidos em uma moto acompanharam o veículo e deram ordem para que o corpo fosse deixado na porta do hospital. A vítima apresentava marcas de tiros. Após o fato, ela procurou a Polícia Civil.
O caso, inicialmente, foi registrado na 32ª DP (Taquara), mas logo depois passou a ser investigado pela Delegacia de Homicídios. Investigadores estiveram no local e ouviram testemunhas.
O inspetor Guilherme da Silva era lotado na 4ª DP (Praça da República), e deixou o plantão pouco depois das 20h desta segunda-feira. A polícia acredita que ele possa ter sido sequestrado e levado para dentro da comunidade.
A Polícia deve analisar imagens do circuito de segurança da região para tentar identificar os criminosos que estavam na moto e acompanharam o motorista até o local onde o corpo foi deixado. A motivação do crime é desconhecida. A arma do policial também não foi encontrada.
O policial retornou ao trabalho há poucos meses, após cumprir licença e ficar fora do Brasil com a mãe em Portugal.
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