Prefeito Eduardo PaesMarcos Porto / Agência O Dia

Rio - O prefeito do Rio, Eduardo Paes, disse nesta terça-feira (5) que a liberação do uso de máscaras de proteção em ambientes abertos e sem aglomeração, prevista para o próximo dia 15 de outubro, segue os estudos do Comitê Científico da Prefeitura. A medida pode acontecer caso 65% da população esteja com esquema vacinal completo.  
A informação foi durante a coletiva de imprensa do lançamento do Plano Verão, que prevê medidas de proteção para os dias de chuva forte na cidade. "São regras definidas pelo Comitê Científico, não sou eu", enfatizou Eduardo Paes. 
Procurada pelo DIA, a pesquisadora de Saúde da UFRJ, Crystina Barros, disse que o Rio tem uma dificuldade na conscientização das pessoas. "Em eventos-teste que deveria haver o uso de máscaras, já não existe. Preocupa a gente tentar liberar o uso do equipamento. Pode entrar uma nova variante. É preciso entender um dia de cada vez".
Já a médica geriatra Roberta França, afirmou que acha que o ideal é aguardar pelo menos que 70% da população esteja vacinada para começar a poder pensar sobre o não uso da máscara em lugares abertos. "A questão é de como será feita a fiscalização. Isso precisa ser muito bem pensado e avaliado pela prefeitura".
Nesta segunda-feira (4), Eduardo Paes usou sua conta pessoal no Twitter, citando a ata do Comitê Científico da Prefeitura que vai anunciar, a partir do próximo dia 15, a segunda etapa das medidas de flexibilização na cidade. Está prevista a permissão para realização de eventos em locais abertos, com restrição até mil pessoas, com o uso de máscara obrigatório.
Também haverá abertura de boates, danceterias, casas de show e festas, em locais fechados, somente para pessoas com esquema vacinal completo, com 50% da capacidade do ambiente.
Festas 
O prefeito reforçou que a realização de festas na cidade, como Revéillon e Carnaval, depende da liberação do Comitê Cientifico. Paes voltou a defender a realização do carnaval sem distanciamento. 
"Carnaval ou tem ou não tem. Carnaval com distanciamento não existe. Eu imaginei que uma festa que vai acontecer somente no fim de fevereiro possa manter. Quando falo se vai ter carnaval ou não, é a partir de informações técnicas. As decisões do Comitê são mais que esclarecedoras, seguiremos aquilo que o Comitê decidir. Eu prefiro olhar para o futuro com otimismo. Se deus quiser a gente vai ter abraço no Natal", brincou.