CrivellaTomaz Silva/Agência Brasil

Rio - O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) derrubou, nesta terça-feira, a decisão que tornava o ex-prefeito do Rio Marcelo Crivella inelegível até 2026. Os ministros decidiram apenas aplicar uma multa de R$ 15 mil para ele, o filho, Marcelo Hodge Crivella (PRB-RJ), e o suplente de deputado estadual Alessandro Costa (PRB-RJ) por abuso de poder político. Com isso, o ex-prefeito recupera seus direitos políticos.
Em 2020, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ) decidiu que Crivella ficaria inelegível por 6 anos, por abuso de poder político e conduta vedada a agente público. A Corte analisou dois processos em que o ex-prefeito é acusado de ter cometido o crime na realização de dois eventos em 2018: a reunião do "Café Comunhão", que ficou conhecido como "Fala com a Márcia", e uma cerimônia na Comlurb em que Marcelo Hodge Crivella, filho do prefeito, foi apresentado como pré-candidato a deputado.
O Tribunal entendeu que Crivella usou veículos e funcionários da Comlurb, companhia de coleta de lixo do Rio, para promover o evento. Além disso, o evento tinha sido divulgado como uma reunião para tratar de assuntos trabalhistas da categoria e acabou por se tornar uma ação em que foram pedidos votos aos candidatos.
Inicialmente, o TRE havia proposto o pagamento de multa de R$ 106.410 para cada um. Crivella chegou a recorrer da condenação e tentou à reeleição em 2020, mas perdeu, por 35% a 64% dos votos válidos, para Eduardo Paes.