A festa Lucce Party aconteceu no dia 2 de outubro, no Alto da Boa VistaREPRODUÇÃO INSTAGRAM

Rio - Nenhuma das três festas autorizadas pela Prefeitura do Rio como evento-teste registrou casos confirmados de covid-19, até o momento. A Secretaria Municipal de Saúde acompanhou o público presente durante duas semanas após os eventos, ocorridos nos dias 1º e 2 de outubro. O monitoramento é feito através do cruzamento de dados da lista de presença das festas com o sistema de notificação de covid-19 do Ministério da Saúde. 
Nas festas do início do mês, todas as pessoas foram testadas e ainda precisaram comprovar a vacinação. O esquema foi modificado pela prefeitura na última quinta-feira (14). A partir de agora, para entrar em eventos como festas e estádios, o público precisa apresentar apenas um dos dois comprovantes: ou a vacinação completa (com duas doses, ou dose única), ou o teste negativo para covid.
No dia 1º de outubro, o Copacabana Palace recebeu 732 pessoas para uma comemoração de 15 anos. De dois casos suspeitos após esse evento, nenhum foi confirmado. Uma pessoa testou positivo para covid-19 e sequer entrou no evento.
No dia seguinte, 2 de outubro, o Copa Palace voltou a abrigar mais 573 para uma festa de 15 anos - duas pessoas foram suspeitas de covid-19, nenhuma confirmada. No mesmo dia, no Alto da Boa Vista, o 'Lucce Party', evento de música eletrônica, contou com 798 presentes. Uma pessoa estava com covid e não entrou. Não houve casos confirmados durante os 15 dias seguintes - apenas um suspeito.
Dos seis jogos de futebol já monitorados pela prefeitura, apenas três tiveram pesosas confirmadas com covid 15 dias depois da partida - 11 casos, ao todo. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, em ambientes controlados como esses, onde a vacinação e o teste são obrigatórios, a taxa de transmissão chega a ser seis vezes menor do que a média da cidade.
"A gente calcula a taxa de incidência considerando também os casos suspeitos para tornar o dado mais sensível. Os eventos-teste se mostraram muito seguros na cidade do Rio", afirmou o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz.
"As decisões aqui não são tomadas sem critério. Os eventos-teste nos deram uma amostragem bastante clara de que, de jogo de futebol até festa chique no Copacabana Palace, poderíamos sim, deixar de exigir a obrigatoriedade de tanto teste, dado o fato de que isso aumenta enormemente o custo de qualquer evento que se faça", argumentou o prefeito Eduardo Paes.