O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, e o prefeito do Rio, Eduardo PaesREPRODUÇÃO DE VÍDEO
Rio mantém plano de desobrigar uso de máscaras quando vacinação alcançar 65% da população
Atualmente, capital fluminense tem 60% da população com o esquema vacinal completo. Data da flexibilização pode ser anunciada já na próxima semana
Rio - A Prefeitura do Rio mantém de pé o plano de retirar o uso de máscaras em locais abertos quando 65% da população total da cidade alcançar o esquema vacinal completo. Atualmente, a taxa de vacinação está em 60%. Para o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, "é possível tranquilamente" avançar nesta etapa de flexibilização, diante da queda dos indicadores da covid-19: o Rio teve, pela sétima semana seguida, redução no número de óbitos, casos confirmados e taxa de transmissão da doença.
O avanço da vacinação é variável, e não garante, portanto, uma previsão de data de quando a cidade poderá alcançar os 65%. No início de setembro, por exemplo, o Rio tinha apenas 40% da população com as duas doses. Exatamente um mês depois, essa mesma taxa já tinha subido para 57,4%. Nos últimos 15 dias, a taxa vacinal avançou 3%.
"Essa nova etapa prevê a retirada das máscaras em locais abertos, sem aglomeração, ou sem muitas pessoas próximas. E uma terceira etapa, em novembro, quando tivermos 75% da população vacinada. claro que essas etapas dependem da situação favorável. Se mantivermos o cenário como o de hoje, é possível tranquilamente avançar nessas etapas. Não há nenhuma alteração nesse processo", explicou o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz.
O Boletim Epidemiológico desta sexta-feira (15) mostrou que a cidade do Rio apresenta queda em praticamente todos os indicadores da doença - óbitos, taxa de tranmissão, internações e casos confirmados - pela sétima semana seguida. Segundo Soranz, a situação da covid-19 no Rio está controlada.
"É a primeira vez que a gente pode falar que há uma situação controlada da covid-19 na cidade do Rio de Janeiro. Temos a menor taxa de transmissão desde o início da pandemia, menor número de pacientes internados. É a primeira vez que podemos falar que temos uma situação de estabilidade, de queda há mais de sete semanas. Se não tiver nenhuma nova variante, ou nenhum fator não previsto, podemos dizer que entramos numa fase de risco muito menor a partir dessa semana", afirmou Daniel Soranz.
Cidade do Rio está em risco moderado, o mais brando de toda a pandemia
O mapa de risco de transmissão do Rio foi avaliado como moderado pela terceira semana seguida. A classificação significa o cenário mais leve desde o início da pandemia - já esteve em 'muito alto' e 'alto'.
"Estamos bem próximos (do fim da pandemia), mas ainda há alguns cuidados que precisam ser tomados. Essa é a justificativa de manter o mapa em risco moderado", afirmou o superintendente de Vigilância em Saúde, Márcio Garcia.
"Mais baixo do que isso, é quando estivermos no fim da pandemia. Não poderia ser mais baixo do que isso. Trabalhamos, torcemos e rezamos para que a gente possa, num futuro próximo, até parar de divulgar esses dados. Será o momento em que diremos que não existe mais pandemia. Certamente ainda vai levar algum tempo, a covid está entre nós. Isso pressupõe uma situação mundial, mas não poderia ser mais baixo do que esse momento'", acrescentou o prefeito Eduardo Paes.
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