Jorge Teixeira, Paulo César Soares e Fabrício Oliveira (da esquerda para direita) moram em ItaguaíFOTOS DE Divulgação

Rio - Familiares de Jorge Teixeira de Abreu Filho, Paulo César Soares Santos e Fabrício Oliveira, desaparecidos desde o dia 6 de outubro quando foram buscar um carregamento de botijões de gás no bairro da Zona Oeste do Rio, aguardam há nove dias por informações que possam levar ao paradeiro deles. O Setor de Descoberta de Paradeiros da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) apura se os comerciantes foram vítimas de milicianos de Santa Cruz. 
Esta é a principal linha de investigação já que, em imagens obtidas pela Polícia Civil, foi apurado que homens divididos em três carros, um Voyage prata, Fiesta sedan preto e Peugeot 206 preto, teriam abordado os trabalhadores, mandado eles desceram do caminhão e os colocado nos carros. Imagens de câmeras de segurança flagraram os veículos cercando o caminhão branco, onde estavam as vítimas, ao fundo de uma rua, por volta das 12h. Depois de alguns instantes, os carros de passeio passam, mas o caminhão segue estacionado.

Momentos depois, uma outra câmera de segurança captou o momento em que o caminhão passa sendo levado por um reboque vermelho.

De acordo com familiares, nesse horário, Jorge, que também é conhecido como Fabrício do Gás, seu sócio, Paulo César, sargento da reserva, e o funcionário Fabrício, já haviam buscado o carregamento de gás para abastecer o comércio e estavam retornando para Itaguaí. Os parentes perderam contato com os três no final da manhã do dia 6 e desde então não tiveram mais notícias a respeito do paradeiros deles.

Família acredita que comerciantes estejam vivos

A irmã de Jorge Teixeira de Abreu Filho, Isabela Townsend de Abreu, de 31 anos, acredita que o irmão e os colegas de trabalham estejam vivos: "Precisamos que retornem para casa", disse. O filho de Paulo César Soares Santos, Jonathan Santos, também afirmou ao DIA que tem certeza que o pai está vivo.