Tenente reformado da Polícia Militar Maurício Silva da Costa, o Maurição, um dos alvos da Operação Intocáveis, presente no julgamento desta quinta-feira Severino Silva/Agência O Dia
A sentença foi proferida pelo Juízo da 4ª Vara Criminal da Capital. A pena de "Maurição", tenente reformado da Polícia Militar, aumentou para 32 anos e seis meses de reclusão e 525 dias-multa, no valor de cinco salários-mínimos cada dia multa, pelo homicídio qualificado de Júlio de Araújo, morador da favela de Rio das Pedras, em setembro de 2015. Já a pena de "Mágico", também PM, foi redimensionada para nove anos de prisão e 450 dias-multa, por integrar a organização criminosa mais poderosas do Rio.
Em relação ao crime de homicídio qualificado, o Juízo classifica como motivo torpe a demonstração de força e poder da organização criminosa. "Modus operandi extremamente reprovável eis que cometido mediante dissimulação, o que aumenta a reprovabilidade da conduta", diz a decisão que destaca, ainda, que Maurício é um dos líderes da milícia que domina diversas áreas da Zona Oeste do Rio.
"Esse dado é corroborado pelas informações de inteligência, pelos dados extraídos do celular e as resultantes de quebras de sigilo de dados. Ele é classificado pela SEAP como de altíssima periculosidade, tanto que mantido em presídio federal de segurança máxima, em decisão ratificada pelo STJ", escreveu.
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