Calendário de dose de reforço dos idosos fica parado no Rio, após diminuição no estoque
Avanço da vacinação de terceira dose precisará ser adiado por conta de mudanças no cronograma de entrega. Idosos de 68 anos ou mais poderão se vacinar até a próxima quarta-feira (20). Calendário avançará a cada três dias em outubro
Vacinação no Centro Municipal de Saúde Maria Augusta Estrella, em Vila Isabel, na Zona Norte do Rio - Fabio Costa / Agência O Dia
Vacinação no Centro Municipal de Saúde Maria Augusta Estrella, em Vila Isabel, na Zona Norte do RioFabio Costa / Agência O Dia
Rio - Uma mudança no cronograma de entrega de doses da vacina contra a covid-19 fez com que a Prefeitura do Rio adiasse por alguns dias o calendário de dose de reforço para os idosos. Segundo o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, os estados receberam 10 milhões de doses a menos do que o esperado, o que gerou um déficit de 300 mil doses na cidade do Rio. Com isso, idosos de 68 anos ou mais serão vacinados com a dose de reforço desta sexta-feira (15) até a próxima quarta-feira (20). Somente a partir da quinta-feira (21) é que o calendário avança, com idosos de 67 anos.
fotogaleria
"Devido ao menor número de doses enviadas, a gente vai ter que atrasar o calendário da dose de reforço. Nossa previsão era que, nos primeiros 15 dias, fossem distribuídas para o Brasil 25 milhões de doses de vacina, mas o Ministério distribuiu, até o momento, 15 milhões. Então, tem 10 milhões de doses distribuídas a menos. Com isso, o Rio de Janeiro recebe menos 300 mil doses de vacina e com isso a gente é obrigado a adiar nosso calendário em alguns dias", explicou Soranz.
Com o atraso, o calendário de dose de reforço vai avançar a cada três dias em outubro, com divisão entre homens e mulheres. A exceção é para a faixa de idosos de 68 anos, que terão cinco dias para se vacinar: sexta-feira (15), sábado (16), segunda (18), terça (19) e quarta (20).
Atenção! O calendário da dose de reforço para idosos precisou ser alterado devido a mudanças no cronograma de entrega de doses. A nova previsão para encerramento do calendário é dia 17 de novembro, com todos com 60 anos ou mais vacinados com a dose de reforço. pic.twitter.com/VdJw60is8c
— Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (@Saude_Rio) October 15, 2021
Quinta-feira (21) será dia de mulheres de 67 anos; sexta-feira (22) para homens de 67 anos; e sábado (23), repescagem para homens e mulheres de 67 anos. O calendário segue assim até o dia 30 de outubro, quando haverá repescagem para idosos de 65 anos.
Trabalhadores da saúde do Rio também já podem tomar a dose de reforço. Até o dia 18 de outubro, pessoas que tomaram a segunda dose em fevereiro poderão tomar a terceira; do dia 18 ao dia 23, é a vez de quem tomou a segunda dose em março; do dia 25 ao dia 30, a vez de quem tomou a segunda dose em abril.
No Centro Municipal de Saúde (CMS) Maria Augusta Estrella, em Vila Isabel, na Zona Norte do Rio, formou-se uma pequena fila para a imunização nesta sexta-feira. Pessoas foram ao posto tanto para a dose de reforço, quanto para a segunda dose. Márcia Helena, de 68 anos, disse que o atendimento no local é rápido e os funcionários da prefeitura são atenciosos. "Aqui no posto de saúde está muito bom, está sendo rápido, as pessoas estão atendendo bem. As pessoas aqui são muito calorosas e vacina boa, é vacina no braço [...] Nós não podemos facilitar", disse.
Adriana Rocha, de 43 anos, foi ao local se vacinar junto com a mãe, Lucinda Rocha, de 78 anos e lembrou que passou dez internada por conta da covid e que sofreu longe dos familiares. Ela destaca a importância da vacinação para o controle da pandemia e ressalta a necessidade de seguir com cuidados para evitar ser infectado.
"Perdi a conta de quantas pessoas conhecidas eu perdi com essa pandemia, eu mesma sofri com isso, fiquei dez dias internada, quase fui parar no CTI [...]A gente tem continuar ainda com todos os cuidados, higienização, sem aglomeração e isso é o importante", disse Adriana.
Lucinda chamou atenção para o sofrimento das famílias de pessoas internadas com covid. "Tem que vacinar realmente. A vacina faz parte para acabar com a pandemia. Muitos já morreram, outros estão sofrendo nos hospitais, nas CTIs e com isso a família aqui fica sofrendo mais ainda. Então eu acho que não pode parar", pontuou Lucinda.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.