56ª DP (Comendador Soares)Google / Reprodução
Polícia demite agentes por negociarem a liberação de miliciano com armamento pesado
Caso aconteceu na 56 ª DP (Comendador Soares), em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, em 2017
Rio - Três policiais civis foram exonerados acusados de receber propina para liberar o miliciano Yuri Santos da Rosa com armamento pesado da 56ª DP (Comendador Soares), em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, em 2017. A demissão de Elton de Carvalho Moraes, José Alexandre de Andrade Vieira e a cassação da aposentadoria de Julio Cesar Pereira de Oliveira foram publicadas no Diário Oficial do Rio nesta quinta-feira.
Segundo investigação da Corregedoria da Polícia Civil, os policiais cobraram R$ 46.700 para liberar o criminoso na época. Contudo, o grupo foi surpreendido Corregedoria, com o apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), que agiu ao ser informada do caso por uma denúncia anônima.
Dos três policiais presos, Júlio César era o mais antigo. Ele entrou na instituição há 27 anos, estava perto de se aposentar e começou a trabalhar na 56ª DP (Comendador Soares), em Nova Iguaçu, a partir de 2014. Na ficha dele já constava uma suspensão por 41 dias, punição aplicada também pelo órgão.
Inspetor desde 2010, Elton Carvalho de Moraes não tem nenhum registro de participação em irregularidades no seu currículo. Já José Alexandre atuava como oficial de cartório e para a instituição em julho de 2016.
Yuri saía com as armas
De acordo com as investigações, Yuri foi abordado quando tentava sair do pátio da delegacia em seu veículo Gol, transportando um Fuzil FAL 7,62, sem numeração, com cinco carregadores municiados, uma pistola Sig Sauer, modelo P320, calibre 9 mm, com dois carregadores municiados e uma pistola Glock, calibre 9mm, com três carregadores municiados. Com ele, foi apreendido ainda um colete com a inscrição da Polícia Militar. Em troca, ele pagaria o dinheiro que também foi apreendido pelos agentes da Corregedoria.
Segundo os investigadores, os policiais civis acusados haviam arrecadado o material durante uma ocorrência, mas não fizeram o registro no sistema da Polícia Civil. Isso porque já planejavam negociar as armas e munição com integrantes de uma milícia que atua em Nova Iguaçu.
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