Pouco mais de 62% dos servidores que receberam o auxílio estão na ativa Divulgação
Após relatório do TCM, prefeitura diz que já convocou servidores que receberam auxílio emergencial
Tribunal de Contas do Município revelou que 5.212 funcionários públicos do município sacaram a primeira parcela da ajuda, destinada à pessoas de baixa renda e em vulnerabilidade social
Rio - A Prefeitura do Rio disse que já convocou 5.212 servidores que receberam auxílio emergencial durante a pandemia para prestar esclarecimento. O posicionamento foi dado, nesta sexta-feira, após a divulgação de um levantamento do Tribunal de Contas do Município (TCM), a pedido do vereador Pedro Duarte (NOVO), apontar o número de funcionários que receberam de forma irregular ao menos uma parcela da ajuda, destinada à pessoas de baixa renda e em vulnerabilidade social.
Segundo relatório do TCM, os repasses indevidos destinados aos funcionários da Prefeitura do Rio ultrapassam os R$ 3,7 milhões. Os dados levantados com cruzamento de dados apontam que o valor teria sido pago a servidores efetivos, aposentados, pensionistas, estagiários e até pessoas que estavam declaradas como mortas.
O levantamento analisa o recebimento da primeira parcela do auxílio. Pelo relatório do TCM, a maior parte dos solicitantes é ativo na prefeitura. São 3.231 servidores, cerca de 62% dos 5.212. Já no caso dos aposentados, o número é de 20% e nos demais perfis, o percentual vai para 18%.
De acorco com a Prefeitura, mesmo antes da recomendação do Ministério Público Federal sobre o pagamento do auxílio, atua em parceria com o Ministério da Cidadania para identificar irregularidades no recebimento do Auxílio Emergencial.
"Para cada um dos casos identificados são abertos processos administrativos a fim de que seja atestado se o benefício foi recebido de forma irregular. Sendo comprovada a irregularidade, o servidor deve apresentar justificativa, por escrito, no corpo do processo e devolver o valor conforme orientação do próprio Governo Federal, ou seja, por meio de pagamento de uma Guia de Recolhimento à União (GRU), dentro de um prazo de sete dias úteis. O município cobra, ainda, a comprovação do pagamento da GRU dentro do mesmo prazo", explicou.
Ainda segundo o município, as ações são registradas e, após concluídas todas as etapas, o processo é encaminhado à Controladoria Geral do Município, "para ciência das medidas adotadas".
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