Milhares de fiéis se reuniram durante o primeiro grande evento público oficialmente liberado no RioFábio Costa/Agência O DIA

Rio - Milhares de fiéis participaram de um encontro evangélico no Parque Madureira, Zona Norte do Rio, na tarde desta segunda-feira. Considerado o primeiro grande evento público oficialmente liberado após a flexibilização do uso de máscaras em locais abertos, a celebração reuniu cerca de 12 mil pessoas, incluindo o prefeito Eduardo Paes, que em determinado momento se ajoelhou no palco para orar. A organização foi feita pela Assembleia de Deus Madureira, que batizou a ação de 'Celebrando a vida com gratidão a Deus'. Por ser área pública, o uso de máscara foi opcional e também não foi necessária a apresentação do comprovante de vacinação. 
Durante a celebração, Eduardo Paes discursou para o público e pediu que o momento fosse de reflexão e oração para agradecer as vidas que foram salvas durante a pandemia. Em um ato de solidariedade, fiéis seguraram balões coloridos e soltaram em meio aos louvores. O Bispo Abner Ferreira, líder da Assembleia e Deus Madureira e colunista do DIA, também esteve presente. Confira:
Para Luciana Nascimento, de 39 anos, a sensação foi de liberdade. "Era tudo que a gente estava querendo, principalmente nós evangélicos. Nossa, como foi bom poder retirar essa máscara e respirar um ar puro, poder abraçar e ter contato com as pessoas que a gente ama e que a gente gosta, ainda mais em locais que, principalmente em um dia de calor como hoje, o uso da máscara chega a ser sufocante. É uma sensação de extrema liberdade de estar podendo respirar um ar puro".
"Eu confesso que fiquei emocionada, deu vontade de chorar. Depois de dois anos super difíceis em todos os aspectos, foi uma sensação muito boa, era algo que a gente estava esperando há um ano. Infelizmente tivemos que esperar mais um ano, devido às vacinas, que são super importantes. Aqui em casa todo mundo foi vacinado. Muita gente critica, mas a vacina tem ajudado muitas pessoas, tanto que as pesquisas mostram a queda no índice de mortos e contaminações", completou a técnica de enfermagem.
Já Renato Willian, de 21 anos, afirma que muitas mortes poderiam ter sido evitadas se a população respeitasse as regras. "Como eu sou cristão, acredito que isso já estava nas escrituras. Os tempos são difíceis,mas nós já estamos passando por esse período. Foi uma coisa muito surreal (a pandemia) e pegou todo mundo desprevenido. Muitas vezes as pessoas perderam a vida por descumprir regras, determinações. Fica de aprendizado para deixarmos o ego de lado e obedecer algumas coisas que parecem bobeira, mas não são".
Sobre o evento público, ele garante que se sentiu seguro. "A sensação é boa, há muito tempo a gente não vivia mais isso por causa da pandemia e restrições. A maioria vacinado, dá uma segurança maior", diz o autônomo, que completa sobre o uso da máscara: "Quando é local fechado, a gente usa porque também é a determinação, mas em área aberta agora podemos tirar".
Na última sexta-feira (12), o prefeito do Rio anunciou o evento como o primeiro oficialmente liberado em ambiente aberto. Contudo, ao longo da pandemia, o DIA denunciou diversos eventos em via pública, como bailes funk, pagodes e diversas aglomerações sem autorização. "Não será nem o Réveillon, nem o Carnaval. O querido amigo bispo Abner Ferreira, da Assembleia de Deus de Madureira, vai realizar um grande encontro no Parque Madureira celebrando a vida. Vamos ter provavelmente a maior aglomeração dessa cidade em muito tempo", afirmou Paes.
Por conta do evento, a CET-Rio montou um esquema especial de trânsito para atender o público participante. A operação de trânsito contou com a participação de agentes da Prefeitura, entre Guardas Municipais e controladores da CET-Rio.