Rio - Candidatos que prestaram um concurso para o Corpo de Bombeiros nesta quinta-feira (18) na Ilha do Fundão, relataram, nas redes sociais, a falta de estrutura para a realização do Teste de Aptidão Física (TAF) do exame de seleção. Eles alegaram que além de ficarem horas sem comer, passaram por provas exaustivas debaixo de chuva. "Venho expor a falta de organização da FunRio, onde candidatos que entraram às 6h30 ainda prestavam prova às 15h sem poder se alimentar. Nem familiares podiam fornecer comida", disse uma mulher identificada como Cheyenne Monteiro.
Em um vídeo publicado no Twitter, é possível ver apenas uma escuridão e algumas pessoas tentando socorrer uma moça que está no chão. Uma das candidatas pergunta: "Cadê o bombeiro? A única coisa que tem aqui é um refletorzinho, mais nada. A chuva está caindo e o povo está desmaiado aqui. Mais uma caiu (desmaiou). Tem outra lá no escuro, não dá nem para ver, gente."
O DIA procurou o Corpo de Bombeiros para esclarecer a falta de assistência aos candidatos, além de questionar o motivo da má estrutura para a realização do concurso. Em nota, eles disseram que foi contratada uma empresa por meio de licitação pública, "conforme os requisitos legais para a realização de todas as etapas que envolvem as provas teóricas e testes físicos".
Afirmou ainda que tomará todas as medidas administrativas cabíveis contratualmente para a cobrança integral da prestação do serviço "exatamente como foi acordado com a banca no processo licitatório, a fim de garantir todas as condições de cumprimento do edital".
A empresa que ganhou a licitação foi a Funrio, fundação que é vinculada à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A reportagem tentou entrar em contato com os responsáveis, mas até a publicação desta matéria, não obteve retorno. Ainda não há informações se as provas serão remarcadas para outra data.
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