Corpos encontrados em área de mangue no Complexo do Salgueiro foram retirados pelos próprios moradores e envolvidos em lençóis brancosMARCOS PORTO/AGÊNCIA O DIA
PM voltará ao Complexo do Salgueiro para dar apoio à perícia da Polícia Civil
Trabalho vai acontecer na região da Palmeira, área de mangue onde pelo menos nove corpos foram encontrados por moradores. Ação da Polícia Militar aconteceu no domingo, após morte de sargento
Rio - A Polícia Civil afirmou que voltará ao Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, e permanecerá na região para "garantir o trabalho" de perícia da Polícia Civil, que deve começar o trabalho ainda na manhã desta segunda-feira (22). Pelo menos oito corpos foram encontrados por moradores na localidade conhecida como Palmeiras, próximo a uma região de mata.
Em nota, a Polícia Civil afirmou que "a Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG) está neste momento na localidade Palmeirinha, na comunidade do Salgueiro, em São Gonçalo. A perícia está sendo realizada próxima ao mangue, onde oito corpos, ainda não identificados, foram localizados por moradores. As equipes também realizam as primeiras diligências na região para a coleta de elementos informativos que possam ajudar a esclarecer a dinâmica dos fatos".
Os mortos foram retirados do local por populares na manhã desta segunda-feira (22), e coberto com lençóis. No sábado (20), o sargento da PM Leandro da Silva, de 40 anos foi morto na comunidade durante confronto com criminosos.
Mais cedo, a PM havia confirmado apenas um homem encontrado morto - ele teria sido reconhecido por policiais do 7º BPM (São Gonçalo) como um dos envolvidos no ataque à guarnição que executou o sargento. A corporação confirmou as mortes após as imagens da retirada dos corpos pelos próprios moradores.
Em áudio que circula nas redes sociais, testemunhas afirmam que havia corpos e ainda sobreviventes escondidos em uma área pantanosa da favela. "Os meninos estão saindo do mangue, pessoal gritando que é morador. Os meninos todos morreram, os do Boaçu também. Os moradores estão ajudando", afirma. Outra pessoa diz que "tem muita gente chorando". "Dizem que o caveirão quando passou, falou: 'valeu, muito obrigado'".
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