Apesar da retomada de aulas presenciais, responsáveis ainda reclamam de ensino híbrido, que ainda tem aulas onlineFábio Costa/Agência O DIA
Pais comemoram retorno de aulas presenciais no Pedro II
Ensino híbrido adotado pela escola ainda é alvo de críticas por parte dos responsáveis
Rio - Após diversos impasses na Justiça em relação ao retorno das atividades presenciais do Colégio Pedro II, pais de estudantes da instituição comemoram a volta às aulas nesta segunda-feira (22), no campus do Centro do Rio. Ainda assim, o ensino híbrido adotado pela escola, com disciplinas onlines e presenciais, ainda é alvo de críticas por parte dos responsáveis.
De acordo com alguns pais, durante as aulas online, crianças têm tido grande dificuldade para aprender as matérias e a qualidade do ensino teria caído em comparação ao método presencial. O bancário Marcos Cervantes, de 45 anos, pai da aluna Beatriz, contou que menina estava ansiosa pela volta às aulas presenciais e que teve dificuldade de aprendizado.
"A aula online para criança é um pouco difícil de prender a atenção por 30 minutos e o aprendizado fica um pouco evasivo. A presencial é melhor, e não vejo motivo para não ter porque não tivemos mais morte por covid-19 e a vacinação está superando as expectativas no Rio", opinou o bancário.
Caroline Paes, mãe do aluno João Victor, também relatou a dificuldade do filho de aprender e contou que ela mesma acabava ensinando as matérias que o menino ficava em dúvida. "Acho que demorou muito pra voltar e nem é 100%. E nas escolas particulares tudo voltou ao normal. Por que só no Pedro II não retorna? Online não dá pra aprender direito, as aulas são muito vagas. Somos nós [pais] que acabamos ensinando", explicou Caroline.
No mês passado pais e alunos se reunirão no campus do Pedro II do Centro do Rio para protestar pela reabertura do colégio com aulas 100% presenciais. A manifestação surgiu depois que a direção do colégio afirmou que só voltaria presencialmente em 2022, mesmo com a decisão da Justiça Federal de que a escola deveria voltar a funcionar.
O anúncio do retorno das aulas só aconteceu no início deste mês como resposta à decisão judicial da Advocacia Geral da União (AGU), e ainda sim de forma híbrida, o que gerou discordância entre os pais e responsáveis de alunos.
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