FiocruzLeonardo Oliveira/FioCruz

Rio - A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) inaugurou, nesta terça-feira, um novo laboratório de análise de controle de qualidade de vacinas contra a Covid-19. Os técnicos esperam que o Laboratório Físico-químico (Lafiq) aumentará a capacidade de controle de qualidade de Bio-Manguinhos/ Fiocruz em 50%.
Os imunobiológicos são analisados em diversas etapas, que envolvem os insumos utilizados na produção, os diferentes estados da cadeia e já finalizados. O processo garante a segurança e eficácia dos lotes das vacinas.
Diretor de Bio-Manguinhos/ Fiocruz, Maurício Zuma comemorou a abertura do laboratório. "Com a inauguração desse laboratório nós chegamos à última fase do nosso planejamento de internalização da produção da vacina Covid-19 em parceria com a AstraZeneca. Foi um trabalho muito árduo, com muitas etapas cumpridas, e agora nós finalizamos aumentando a nossa capacidade de controle de qualidade”, afirmou.
Para a vacina contra o novo coronavírus, a Fiocruz criou novos procedimentos analíticos, sendo mais de 40 só para a liberação do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA). “Antes da vacina Covid-19, Bio-Manguinhos produzia anualmente cerca de 120 milhões de doses de vacinas, considerando todos os imunizantes que oferecemos ao [Sistema Único de Saúde] SUS. Somente este ano, já entregamos mais de 135 milhões de doses somente da vacina Covid-19 e não deixamos de produzir nenhuma das outras. Ou seja, dobramos a nossa produção e precisávamos aumentar também a nossa capacidade de controle de qualidade e análises. Só conseguimos alcançar esses resultados e entregas à sociedade brasileira, porque houve uma consciência, tanto na nossa instituição, como junto aos diversos parceiros com que temos trabalhado, da importância de um trabalho integrado, com uma visão ampla de saúde pública”, destacou a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima.