Casos de Influenza A, a gripe, acendem alerta no RioDivulgação
Aumento de casos da Influenza acende o sinal de alerta no Rio
Os sintomas são parecidos com os da covid-19; cariocas devem se vacinar quando possível
Rio - Nas últimas semanas, moradores da Favela da Rocinha, Zona Sul do Rio de Janeiro, foram a postos de saúde sentindo dores de cabeça e no corpo, febre, calafrios, resfriado forte e mal estar. Os sintomas lembram os da covid-19, mas são de Influenza A, a gripe, doença causada pelo vírus H3N2.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, uma investigação epidemiológica está em curso pela Superintendência de Vigilância em Saúde, que está analisando os resultados positivos da Influenza A. A doença pode se agravar em crianças de 6 meses a 6 anos de idade, gestantes e em idosos com mais de 60 anos. A Secretaria também afirma que as medidas de proteção são semelhantes às da covid-19, como manter distanciamento social, uso de máscaras e higiene das mãos com álcool 70% ou com água e sabão.
Em entrevista para o Bom Dia Rio, o secretário municipal de Saúde Daniel Soranz reforçou que as pessoas com sintomas gripais devem fazer o teste da covid, para que possam identificar e tratar corretamente a doença.
Para o infectologista Alberto Chebabo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, o retorno da Influenza está diretamente ligado à baixa adesão à vacina da gripe, que teve ampla campanha entre abril e setembro deste ano. "O vírus da Influenza já estava há dois anos sem aparecer na cidade, uma hora ela iria voltar", reforçou. "A grande questão é que as pessoas não se vacinaram, situação que faz aumentar os casos. Mesmo com baixa letalidade, a Influenza é uma doença grave que pode causar internações. É uma síndrome respiratória que se agrava nos grupos de risco". A vacina contra a gripe, encontrada nos 280 postos de saúde do município, alcançou apenas 55,7% do grupo prioritário, aquele que pode desenvolver mais os sintomas.
A vacina está disponível para toda a população acima de 6 meses de idade e pode ser encontrada nas unidades de Atenção Primária do Município do Rio, como Clínicas da Família e Centros Municipais de Saúde, de segunda a sexta-feira das 8h às 17h.
*Estagiária sob supervisão de Thiago Antunes
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