Doze anos de idade e uma responsabilidade que poucos adultos têm. Aliás, é a única história que conheci assim, confesso…
A história da menina Ana Beatriz, moradora do Barro Vermelho, em Belford Roxo, e da sua família chegou a mim como chega em tantas pessoas… Pelas redes sociais.
Pelo Instagram do "Razões Para Acreditar" soube que, de cinco pessoas da família dela, quatro são deficientes visuais: a mãe, Ângela, o pai, Ricardo, o irmão mais Velho, Davi, e o caçula, Daniel.
A única que enxerga é ela! É ela que, com a orientação da mãe e sem deixar de estudar, ajuda com tudo em casa.
Bia é os olhos de toda família! E isso me comoveu muito…
Eu não sosseguei enquanto não consegui o telefone deles para contar isso aqui e tentar ajudar. (Obrigada, Razões para acreditar!)
A família vive em situação muito difícil. Na casa, não existe qualquer conforto. Ao ponto de eles se acidentarem com o desnível do chão.
E num bate-papo com Ângela Francisca, a mãe dessa família, ela me disse:
"Nós já fomos tão enganados, que qualquer pessoa que ligue, desconfiamos. Mas a gente também sabe quando pode confiar na voz".
Pois é… Pessoas ligam para passar trotes, tripudiar das dificuldades deles ao invés de ajudar. É um absurdo!
A vida dessa família é cercada de dificuldades, mas eles não desistem. E têm um sonho:
"É comprar essa casa e reformar, trocar os móveis, tornar adaptável.. Minha pequena é um anjo da guarda", conta Ângela, que não perdeu a alegria e a esperança na voz.
Uma vaquinha está rolando na internet, mas segundo a mãe, sem muita expressão.
Então, vamos ajudar essa família maravilhosa, meu povo? De coração e com boa intenção, hein!
O telefone deles é: (21) 97615-4605
TÁ FEIO!
Luciano não recebe ajuda do poder público - Igor Peres
Luciano não recebe ajuda do poder públicoIgor Peres
"Eu não consigo nada. Nem benefício, nem um simples passe livre de ônibus. Ninguém me ajuda em nada e isso só me desanima".
O desabafo é do Luciano Farias de Souza, 34 anos, de São Gonçalo, que acompanhado de um amigo procurou a coluna. Ele descobriu que sofria de hidrocefalia aos 14 anos e até hoje está desamparado pelo poder público.
Nem INSS, nem prefeitura, nada! Luciano até trabalhava no Metrô, trabalhou em linhas de ônibus, mas depois que começou a passar mal, precisou parar.
"Fui em São Gonçalo, Alcântara, Niterói, Rio e ficam nesse jogo de empurra. Isso me cansa, ainda mais que eu tenho uma válvula na cabeça."
Ah não… Ele tá peregrinando! A gente vai atrás de uma ajuda pro Luciano, onde quer que seja. Alô, prefeituras. Alô, seu INSS! Vocês vão ter que dar uma resposta pro Luciano.
Ele só quer ter os seus direitos garantidos. E vai ter.
Por isso, se você me perguntou se tá feio ou tá bonito… Essa briga agora é nossa, e tenho dito.
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