Blocos de rua no CarnavalEstefan Radovicz

Rio – O imbróglio sobre a realização do Carnaval ainda segue em algumas cidades do Rio. O evento, de certa forma, tem trazido preocupações às prefeituras devido à pandemia da covid-19. Arraial do Cabo, na Região dos Lagos, por exemplo, ainda não decidiu se o evento irá ocorrer. O Réveillon por lá também segue ameaçado.
Em nota, a prefeitura do município informou que está estudando a possibilidade da realização das festas e que assim que houver uma decisão, irá comunicar oficialmente.  
No Rio, o evento ainda está de pé. O "maior Carnaval da história", como prometeu o prefeito Eduardo Paes, inclusive, já recebeu 506 inscrições para blocos de rua. Até o momento, apenas os megablocos na Zona Sul estão proibidos. "A Prefeitura seguirá monitorando o panorama epidemiológico e, em caso de mudança, poderá alterar as medidas para o evento".
Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, afirmou que não irá realizar o Carnaval 2022, nem o Réveillon. Apesar disso, citou que uma reunião sobre os blocos de rua será realizada na próxima semana com a finalidade de avaliar as condições epidemiológicas e definir sobre uma possível autorização. Disse ainda que apesar do encontro, a prefeitura não recebeu qualquer solicitação de organizadores.
Nilópolis, por outro lado, já programou bailes de Carnaval em 2022 para adultos e crianças, no período de 26 de fevereiro a 1º de março. Em nota, a prefeitura informou seguir as normas de segurança sanitária da Secretaria de Saúde do Estado, que já liberou as atividades ao ar livre.
Em Búzios, também na Região dos Lagos, o Carnaval segue indefinido. A prefeitura informou que ainda não tem um posicionamento sobre a realização da festa. Sobre o Réveillon, a pasta disse que o prefeito Alexandre de Oliveira confirmou apenas fogos de artifícios nos locais estratégicos na cidade.
A reportagem também entrou em contato com a prefeitura de Angra dos Reis, que disse que tanto a festa de fim de ano, quanto o Carnaval, serão mantidos na cidade. O órgão informou que os eventos irão ocorrer devido ao avanço da vacinação contra o coronavírus. "Até ontem, 258.827 pessoas tinham sido vacinadas, sendo 134.373 com a primeira dose, 103.021 com segunda dose e 17.018 com dose única", afirmou a pasta.
A cidade de Cabo Frio informou que a programação para o período do Carnaval está condicionada ao cenário epidemiológico do município, "que é monitorado de forma constante". A prefeitura citou também que até o momento a situação "vem evoluindo de forma positiva com o avanço da vacinação contra a covid-19".
Além disso, disse que vem realizando reuniões com a Associação de Blocos e Atividades Carnavalescas de Cabo Frio (Abaccaf) e caso a programação seja confirmada, os blocos poderão desfilar até às 20h em trajetos previamente aprovados.
Já para o Réveillon, três pequenos palcos para apresentações de artistas locais serão montados na cidade, sendo um no Jardim Esperança e dois em Tamoios. Não haverá queima de fogos na Praia do Forte. 
Estabelecimentos comerciais que queiram realizar festas particulares poderão ter a permissão, mediante o cumprimento das normas de prevenção à covid-19 que estiverem em vigor na época.
Niterói e Paraty foram outras duas cidades que informaram ao DIA que não têm uma posição sobre a realização das festas.