Corrente do bem conseguiu doações para bebêArquivo Pessoal

Todos os dias, às sete e meia da manhã, ele recolhe o papelão, dobra o edredom milimetricamente, pega o travesseiro, levanta da calçada e sai pelas ruas do Centro.
Confesso que minha curiosidade jornalística já pensou várias vezes perguntar seu nome e a razão dele estar ali, mas nunca deu tempo de fazer tal abordagem.
A passos largos, o homem que aparenta ter uns 45 anos não tem perfil de ser um morador em situação antiga de rua…
Não posso afirmar, mas o que me parece diante da cena é que ele, assim como tantos outros brasileiros, caiu recentemente na extrema miséria brasileira.
Do outro lado da cidade, na Zona Oeste, uma outra cena de cortar o coração… Uma mãe, com sua filha que aparenta não ter nem 1 ano, pendurada nas costas, numa espécie de canguru adaptado, catando no lixo o que dá para ser reciclado e o que dá para comer.
É a parte do país em estado de sobrevivência.
Dados mostram que 2 milhões de pessoas vivem em extrema pobreza, passam fome, e que mesmo estando no cadastro único não foram incluídas no tal Auxílio Brasil.
Que realidade é essa? O próprio cadastro afirma que só vai rever essa situação no ano que vem!
E até lá, eles vão viver de quê? De sobra, de chão frio, de barriga doendo sem saber o que será do amanhã?
Quando o pobre grita, quando encontra alguém que dá voz, dizendo que político só aparece em ano de eleição, não é mera coincidência.
No ano que vem, o que não vão faltar são oportunistas, com falsa empatia e projetos milagrosos, que na verdade, não passam de projetos vazios, impossíveis e fora da realidade, tudo pela lacração.
Afinal, fome não se compartilha, mas fake news a gente já viu que infelizmente viraliza nesse país.
3,2,1… É DEDO NA CARA!
PINGO NO I
Confesso um grande defeito… Eu adoro prestar atenção na conversa alheia (opa, não sou fofoqueira, sou jornalista!)
E ontem, não foi diferente.
Numa cafeteria em Botafogo, enquanto eu aguardava uma gravação, duas mulheres, mãe e filha, sentadas ao meu lado, conversam.
E a conversa valeu a pena escutar…
"Eu vou mesmo na festa?", perguntou a senhora de uns 90 anos.
A filha, imediatamente, respondeu: "Vai sim, mãe! E quero você bem bonita lá. Vou te colocar com brincos bem grandes e todos os colares que estão guardados".
A mãe retrucou: "Não precisa de tanto. Eu só quero me divertir na festa!"
Bora colocar o Pingo no I…
É tão bom saber e ouvir que, enquanto se está vivo, tem que viver mesmo… Ainda mais nessa situação que a gente enfrentou e que uma coisa deixou claro: não adianta pensar em futuro, a gente tem que viver o presente, de preferência, com alegria.
TÁ BONITO!

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Das maiores alegrias que eu tenho, com certeza uma é poder ser a voz dessa corrente do bem maravilhosa!
Olha o quanto de coisinha incrível pra bebê a nossa leitora Rosângela, de Caxias, conseguiu para o neném da irmã que vai nascer. A família tá num perrengue só, e ela decidiu pedir ajuda para a coluna…
A gente foi atrás e os anjos do Rotary Clube de lá fizeram o Natal dessa mamãe bem mais feliz.
Por isso, se você me perguntou se tá feio ou tá bonito… Ô coisa boa… Só gratidão! E tenho dito.