Rio,25/11/2021-CENTRO,Alerj,o governador Claudio Castro e o secretario da Policia Civil Allan Turnowski, entragaram na ALERJ a proposta de Lei Organica da Seapol. Na foto. Claudio CastroFoto: Cleber Mendes/Agência O DiaCléber Mendes

Rio - O governador do Rio, Cláudio Castro (PL), comentou na tarde desta quinta-feira (25) a ação que terminou com dez mortos no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, incluindo um policial militar. Ele negou que operações como estas sejam recorrentes e defendeu as investigações para verificar se houve algum erro na ação.

"Temos trabalhado para melhorar as ações das polícias, mas não creio que sejam recorrentes as ações, mas apoiamos a polícia e não o erro. A operação está sendo investigada e se houver algum erro, o responsável será responsabilizado. A polícia do Rio é a que mais pune seus próprios agentes quando há erro. Aqui ninguém é criança. Ninguém vai camuflado para o mangue trocar tiro com a Polícia de airsoft. Essas pessoas estavam camufladas no mangue, certamente coisa boa não estava fazendo", disse, referindo-se ao fato de seis dos nove mortos na ação de domingo terem sido encontrados com roupas camufladas.


A ação policial que deixou um policial e nove homens mortos no Complexo do Salgueiro, no último fim de semana, levou o Supremo Tribunal Federal (STF) a priorizar, para esta quinta-feira, o retorno do julgamento da ADPF 635 (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental), conhecida como "ADPF das Favelas". Castro comentou sobre a decisão prevê restrições à realização de operações policiais em comunidades do Rio durante a pandemia e falou sobre as microcâmeras em policiais do Rio.

"Já compramos as bodycams (microcâmeras) para a implantação e ainda até o fim do ano vamos apresentar o Programa de Enfrentamento da Violência nas Comunidades e isso deve ir mitigando a necessidade dessa proibição pelo STF. Esta última operação (do Salgueiro), foi feita toda dentro do estatuto, da legalidade, ela foi comunicada antes. Isso mostra que a nossa Polícia Militar e a Polícia Civil está cumprindo a decisão do STF que não é de que não se tenha operação, mas que tenham desde que balizada em uma série de normas".