Segundo as investigações, a jovem usava as redes sociais para atrair as vítimasfotos Reprodução
Rio - Agentes da 16ª DP (Barra da Tijuca) prenderam Mikaelly da Costa Martinez, de 25 anos, vencedora do concurso Miss Transex 2019. Ela é suspeita de gerenciar uma quadrilha especializada em roubar os clientes após aplicar o “Boa Noite Cinderela”. A prisão aconteceu neste domingo, em Ipanema, na Rua Farme de Amoedo, na Zona Sul do Rio. A ação, comandada pelo delegado titular da unidade, Leandro Gontijo de Siqueira Alves, contou com trabalho de monitoramento e cruzamento de dados do setor de inteligência.
As investigações apontam que, Mikaelly atraia homens para encontros através de suas redes sociais. No local, ela simulava um interesse sexual ou o oferecia o programa. Depois, os dois iam até algum hotel nas redondezas e neste local, uma segunda mulher aparecia para oferecer uma orgia. No entanto, os homens eram dopados. Com as vítimas vulneráveis, as mulheres roubavam os pertences dos clientes e realizavam transferências por pix.
Mikaelly é natural do Mato Grosso, mora em Balneário Camboriú, mas já esteve no Rio de Janeiro em algumas ocasiões. Em fevereiro, uma das vítimas relatou ter contratado um programa com uma mulher ao sair de uma boate na Barra da Tijuca, e em seguida, a garota de programa chamou Mikaelly. O homem contou em depoimento que percebeu estar sob o efeito de drogas e após algum tempo, deu falta de seu telefone celular, um cordão de ouro, além de notar que uma transferência via pix foi realizada no valor de R$3 mil.
Em uma segunda passagem de Mikaelly pela cidade, desta vez em julho de 2021, outro boletim de ocorrência foi registrado contra ela. A vítima disse ter conhecido a jovem no Bar Padano e de lá seguido para o Hotel São Francisco. No local, ela ofereceu uma bebida ao homem e logo depois, teria roubado os objetos do cliente.
A acusada já foi presa por Homicídio Qualificado em janeiro de 2015, no Mato Grosso do Sul, além de ter respondido por diversos outros crimes. No estado, Mikaelly tem 17 passagens pela polícia. Ela também é suspeita de outros crimes de roubo com o uso do "Boa noite cinderela" nas cidades de São Paulo, Florianópolis e Balneário Camboriú.
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