Ponto final da linha 607Reginaldo Pimenta / Agencia O Dia

Rio - O Sindicato dos Rodoviários pedirá na Justiça a cassação da liminar que suspendeu a paralisação dos ônibus, prevista para começar na madrugada desta segunda-feira (29). A greve alcançaria os ônibus da cidade do Rio e os articulados do BRT. A decisão que impediu o movimento da categoria foi do desembargador Álvaro Luiz Carvalho Moreira, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Os rodoviários pedem o reajuste salarial que não é concedido há dois anos.
Está prevista para a próxima quarta-feira (1º) uma reunião entre o Sindicato dos Rodoviários, a Prefeitura do Rio e os representantes das empresas de ônibus. Caso a liminar seja cassada e não haja definição na reunião, rodoviários devem convocar uma nova assembleia.
Os rodoviários acataram a decisão liminar e não realizaram a paralisação, mas permanecem em estado de greve. "Nós tivemos ontem, por força de uma decisão liminar, a suspensão da assembleia que definiria sobre uma possível paralisação devido a intransigência do setor patronal. Nossos trabalhadores estão há dois anos e meio sem nenhum reajuste no salário, na cesta básica. Nossa reinvindicação é mais do que justa. Houve uma decisão exagerada que cassou um direito garantido na Constituição", afirmou o presidente do sindicato, Sebastião José.
Em contrapartida, o Rio Ônibus, o sindicato das empresas de ônibus, pediu na última sexta-feira (26) que os rodoviários não façam greve. Segundo o porta-voz Paulo Valente, uma paralisação pode 'determinaro encerramento" de algumas empresas.
"Os consórcios pedem aos rodoviários que não façam greve. Temos que continuar atendendo a população, que já está bem sacrificada. Estamos buscando soluções com sindicatos, Ministério Público do Trabalho e prefeitura para que possamos superar essa crise no setor. Qualquer movimento de greve hoje pode determinar o encerramento da atividade de algumas empresas", afirmou Valente.