Corpos encontrados em área de mangue no Complexo do SalgueiroMarcos Porto/Agência O Dia
A operação da unidade especial foi realizada durante o final de semana passado, após o sargento Leandro Rumbelsperger da Silva, de 38 anos, lotado no 7º BPM, morrer em confronto com traficantes da região, no início da manhã de sábado (20).
O primeiro militar, que não teve sua identidade e patente divulgadas, prestará depoimento durante a tarde. A previsão é de que a DHNISG ouça um agente por dia para esclarecer em que circunstâncias os tiros foram efetuados na área de mata e entender a dinâmica das oito mortes. Oito PMs irão na especializada para falar sobre o caso.
Na quarta-feira (24), a Polícia Militar entregou as armas usadas durante a ação, na sede da DH. Foram apreendidos quatro fuzis Colt calibre 5.56 e quatro AR-10 calibre 7.62, que passarão por confronto balístico.
Bope operou para resgatar PMs encurralados e capturar suspeitos pela morte de colega
Em relatório produzido para justificar a excepcionalidade da operação, a Polícia Militar alegou que os militares do Bope se dirigiram até o Complexo do Salgueiro para resgatar colegas de farda que não conseguiam sair da comunidade e identificar e prender os responsáveis pela morte do sargento lotado no 7º BPM.
"A injusta agressão resultou na morte do 2º sargento PM, tornando-se imperiosa a atuação dessa Unidade Especial a fim de reestabelecer a ordem na área conflagrada em questão, buscar identificar e prender os responsáveis pela morte do agente da lei e providenciar a retirada em segurança dos policiais que permaneceram no interior da comunidade", informa a corporação.
O documento é relativo à obrigatoriedade de comunicar a excepcionalidade de operações em favelas durante a pandemia de covid-19 ao Ministério Público, por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).
A Polícia Civil identificou os oito homens encontrados mortos no mangue, na localidade da Palmeira, no Complexo do Salgueiro. A DHNISG apurou que cinco das vítimas tinham anotações criminais, uma era investigada e dois não tinham nenhum registro em sua ficha policial. A perícia informou que seis pessoas usavam roupas camufladas, três vestiam roupas escuras
- Ítalo George Barbosa de Souza Gouvêa Rossi, 33 anos
Conhecido como Sombra, possui 6 anotações criminais por Porte Ilegal de Arma de Fogo, Homicídio qualificado, Tráfico de Drogas, Associação ao Tráfico e Corrupção Ativa e 5 registros de
ocorrência. Usava roupa camuflada
- Kauã Brenner Gonçalves Miranda – 17 anos
Sem passagem pela polícia e vestia roupa camuflada
- Rafael Menezes Alves – 28 anos
Sem anotação criminal, mas figura em inquérito da 72ª DP (Mutuá) como envolvido nos crimes de tráfico de drogas e associação em concurso com corrupção de menores. Vestia roupa camuflada.
- Carlos Eduardo Curado de Almeida – 31 anos
Possui três anotações criminais por tráfico de drogas e condutas afins, receptação, falsa identidade, além de cinco registros de ocorrência como autor dos crimes de desobediência, desacato, ameaça, falsa identidade, receptação, tráfico de drogas e associação para o tráfico. Vestia roupa camuflada.
- Jhonata Klando Pacheco Sodré – 28 anos
Evadido do Estado do Pará e possui duas anotações por roubo majorado e uma por tráfico. Vestia roupa camuflada.
- Élio Da Silva Araújo – 52 anos
Possui 1 anotação pelo crime de Esbulho Possessório. Vestia roupa verde escura.
- Douglas Vinícius Medeiros da Silva – 27 anos
Não possui anotações criminais ou passagens pela polícia. Vestia roupa camuflada.
- David Wilson Oliveira – 23 anos
Não possui anotações criminais ou passagens pela polícia. Vestia roupa camuflada.
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