Primeiro dia da terceira edição do Movimento Rio em Frente da Fecomércio em parceria com o Jornal O DIA contou com a presença do governador Claudio Castro e do prefeito Eduardo PaesEduardo Uzal

Rio - Com o anúncio feito neste sábado, 4, pelo prefeito Eduardo Paes sobre o cancelamento do Réveillon na cidade do Rio, o Sindicato dos Meios de Hospedagem (Hotéis Rio) e Sindicato de Bares e Restaurantes do Rio de Janeiro (SindRio) lamentaram o fim das festividades de fim de ano na capital. A rede hoteleira da cidade está com ocupação de 80% dos quartos, mas a expectativa até então é de chegar a 100%. 
O presidente do SindRio, Fernando Blower, afirmou que representantes de bares, restaurantes e quiosques foram pegos de "surpresa" com o anúncio feito neste sábado. "Foi uma surpresa. Isso porque as informações que chegavam para gente era exatamente o oposto", disse ele. 
Blower afirmou que não dá para dizer agora sobre o prejuízo que o cancelamento gerará no setor carioca. Como até o momento, a prefeitura não afirmou nada em relação ao cancelamento de festas privadas na orla, hotéis e bares, ele disse que irá analisar nos próximos dias. 
"Certamente gerará impactos econômicos. Vamos apurar as consequências ao longo dos próximos dias, sobretudo em relação a cancelamentos de eventos privados e de turistas. Os maiores impactos serão para restaurantes e bares na Zona Sul e Barra da Tijuca, com presença mais próxima de zonas turísticas. O setor está com endividamento de longo prazo e faturamento ainda abaixo do período pré-pandemia. É um momento muito ruim para os bares e restaurantes", disse ele.
Alfredo Lopes, presidente do Hotéis Rio e conselheiro da ABIH-RJ, afirmou com o cancelamento do Réveillon neste ano, o setor agora deve esperar a ocupação de pelo menos 80%, como no ano passado.
"Quanto à decisão do governo, acatada pelo município, de não ter Réveillon, a gente lamenta. A hotelaria esperava chegar a 100% de ocupação. Mas entendemos, já que é uma recomendação do Comitê Científico, então precisamos acatar. Ano passado já não teve Réveillon e chegamos a 80% de ocupação. Vamos torcer que as reservas se mantenham e vamos em frente para que ano que vem a gente possa ter um Réveillon espetacular", afirmou ele. 
Quem também se pronunciou sobre o cancelamento de Réveillon foi o presidente da Fecomércio RJ, Antonio Florencio de Queiroz Junior. Segundo ele, apesar do impacto econômico, a decisão foi necessária sob a "ótica" científica.
"Embora o impacto econômico imediato seja inegável, temos a convicção de estarmos plantando a segurança de curto e médio prazo. A capacidade de avaliar esta situação, pela ótica científica, nos traz a tranquilidade de medidas equilibradas.
O presidente da Fecomércio RJ disse que o comércio apoia a medida e que dará imediatamente início a uma campanha de esclarecimento, com âmbito e abrangência, além de recomendações de segurança.