Governador Cláudio Castro durante entrevista coletiva na Cidade da Polícia, no Jacaré, Zona Norte do RioMarcos Porto/Agência O Dia

Rio - O governador do Rio, Claúdio Castro (PL), se pronunciou na tarde deste sábado, 4, após o anúncio do prefeito Eduardo Paes (PSD) sobre o cancelamento da programação oficial de Réveillon na capital fluminense. O chefe do Executivo do Rio afirmou que se reunirá com o prefeito do Rio para discutir decisão final sobre as festas de Réveillon no Rio.
Em uma publicação no Twitter, Castro falou sobre a reunião entre a gestão municipal e estadual. "Falei há pouco com o prefeito Eduardo Paes e decidimos, juntos, que faremos uma reunião na próxima semana para uma decisão final sobre as festas do réveillon. Nesse encontro, participarão técnicos da saúde do Estado e do município", escreveu o governador do Rio. 
Neste sábado também, o secretário estadual de Saúde do Rio, Alexandre Chieppe, em entrevista à rádio CBN, disse que não houve decisão oficial do Comitê Cientifico do Estado do Rio sobre o cancelamento das festividades de Réveillon, o que contraria o que o prefeito do Rio afirmou nesta manhã.
"Não houve uma decisão do Comitê Científico. Inclusive, eu disse que eles adotaram uma posição de cautela em relação a realização do Réveillon por conta das incertezas da variante Ômicron. Eu disse também que a decisão seria tomada até o dia 15 de dezembro com base em novos conhecimentos que pudessem surgir", disse ele. 
O secretário estadual de Saúde do Rio disse, inclusive, que solicitou nesta sexta-feira uma reunião conjunta dos dois comitês, da prefeitura e da Secretaria Estadual de Saúde (SES), para estudar e divulgar qualquer alinhamento sobre uma decisão quanto ao cancelamento do Réveillon. "Tanto que não houve divulgação de decisão de ata, não houve publicação em Diário Oficial do Estado do Rio", afirmou Chieppe. 
Ele continuou e disse que o grupo de cientistas não deu um parecer final sobre a decisão de cancelamento do evento. "O grupo disse que à luz do conhecimento atual em relação ao vírus não era recomendado a realização das festas. Entretanto, essa posição ia ser reavaliada futuramente pois novos conhecimentos poderiam surgir. Essa foi a posição final. Não tínhamos elementos hoje para manter o Réveillon, mas íamos avaliar nos próximos dias", explicou. 
Ele acredita que a decisão tomada pelo prefeito do Rio neste sábado ocorreu por precaução e que o governo do Rio respeita o cancelamento do Réveillon. "É uma decisão de quem tem autoridade, porque cabe a prefeitura. Acho que deve ter tomado a melhor decisão de que poderia ser tomada", disse o secretário estadual de Saúde.