Rio - O governador do Rio, Cláudio Castro, anunciou nesta quarta-feira (8) a retomada das obras do Museu da Imagem e do Som (MIS) em Copacabana, Zona Sul do Rio. O prazo é de 12 meses para que o museu fique pronto. Serão investidos R$ 52 milhões. Na etapa, serão realizadas as obras de acabamento.
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Em cerimônia com o secretário de Infraestrutura e Obras, Max Lemos, Castro destacou que prioriza, em seu governo, a retomada de obras interrompidas e afirmou que houve antecipação de 20 dias do início dos trabalhos. As autoridades entregaram aos responsáveis da empresa MPE Engenharia, vencedora da licitação, o documento que autorizou o início das intervenções.
"A retomada das obras paradas é importantíssima. Não começaríamos outras obras antes de terminar as iniciadas. Essa obra é um exemplo disso, foram quase R$ 80 milhões (de recursos públicos) investidos. Um museu muito esperado em Copacabana. Essa obra é um elefante branco e agora a gente dá a destinação", afirmou Castro.
A construção do Museu foi iniciada em 2008, mas, em 2016, as obras foram paralisadas. No total foram investidos R$ 79 milhões de recursos públicos na construção e R$ 118 milhões pela Fundação Roberto Marinho.
A MPE Engenharia vai realizar intervenções como a instalação de ar-condicionado central e de revestimentos e pisos no auditório e no teatro, além da impermeabilização das áreas abertas.
Refletindo as ondas modernistas criadas pelo paisagista Roberto Burle Max, o novo prédio irá se integrar com a orla. Segundo o secretário Max Lemos, o museu será um equipamento de alta qualidade, mostrando a criatividade dos arquitetos nova-iorquinos responsáveis pelo projeto: Elizabeth Diller, Ricardo Scofídio e Charles Renfro, vencedores do concurso internacional.
"A nova sede do MIS é um marco para o Rio de Janeiro e o Brasil e, por isso, tem recebido toda a atenção do Governo do Estado. As obras de acabamento do prédio permitirão que a população reconquiste aquele espaço, que oferecerá inúmeras atrações", afirmou Lemos.
Moradores comemoram as obras
A expectativa dos moradores de Copacabana é grande para a retomada das obras. Segundo o presidente da Sociedade dos Amigos do bairro, Horácio Magalhães, o novo Museu da Imagem e do Som vai reativar a vida cultural do local. "Estamos ansiosos para que essa obra maravilhosa seja entregue à comunidade e ajude a reativar a vida cultural de Copacabana", disse Magalhães.
Um boulevard cultural vertical
A nova sede do Museu da Imagem e do Som terá oito andares, sendo dois subterrâneos. A ideia é tornar o espaço um grande boulevard cultural vertical. O primeiro piso abrigará uma livraria e um café, de frente para o mar, além de oferecer um mezanino para exposições temporárias.
Os quatro andares seguintes serão para as exposições que contarão a história da cultura brasileira, com o conceito de interatividade presente nos principais museus do mundo. Já o quinto andar terá um restaurante panorâmico, com acesso à cobertura, com um cinema a céu aberto. No subsolo, o MIS terá uma boate e um auditório, com capacidade para 280 pessoas. No segundo subsolo, ficarão os camarins.
O projeto do novo Museu da Imagem e do Som é uma realização do Ministério do Turismo e do Governo do Estado do Rio de Janeiro, concebido e implantado em parceria com a Fundação Roberto Marinho.
Decisão sobre Réveillon
Durante a agenda, o governador do Rio, Cláudio Castro (PL), disse que até sexta-feira será anunciada uma definição a respeito da festa de Réveillon em Copacabana, no Rio. Castro afirmou que está em contato com o prefeito Eduardo Paes e que anúncios serão feitos nos próximo dias no sentido de uma "retomada segura".
"No máximo até sexta-feira, eu e o prefeito Eduardo Paes anunciaremos como será. Tivemos nesses dois últimos dias excelentes reuniões. Tanto eu e ele, quanto eu com meus técnicos e ele com os técnicos dele. Acho que vamos chegar a um bom termo para proteger a saúde, mas que a gente possa mostrar para o mundo que o Rio de Janeiro está preparado para essa volta segura. Essa volta consciente. Os anúncios que serão feitos nos próximos dias vão demonstrar isso. Que a gente vai conseguir uma retomada segura, mas também protegendo a vida das pessoas", afirmou em entrevista ao 'RJTV', da TV Globo.
A reunião entre os comitês científicos municipal e estadual do Rio não vai mais acontecer. A estratégia foi descartada, conforme anunciou ontem (7) o governador do Rio, Cláudio Castro (PL), após almoço na Associação Comercial do Rio. Castro se reuniu na terça-feira com o secretário Alexandre Chieppe e determinou que o comitê científico estadual proponha possibilidades para a festa.
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