Wilson ralava pra bancar 6 filhosReprodução/Redes Sociais

Rio -  O Corpo de Bombeiros informou, na noite desta quarta-feira, que irá investigar a demora no atendimento ao vendedor de balas, Wilson Viana Almeida, de 55 anos. Ele morreu no último domingo (5), em Campo Grande, na Zona Oeste, após ser baleado no pescoço. O tiro partiu da arma de um policial militar, que está preso.
Logo após o ocorrido, uma das filhas de Wilson alegou que o socorro demorou para chegar até o local onde ocorreu o crime. "Demorou mais de uma hora para alguém socorrê-lo e, enquanto isso, as pessoas saquearam, roubaram tudo, não fizeram nada para ajudar o meu pai. Meu pai sangrou até a morte e a imagem dele não sai da cabeça", disse Ana Lydiane de Lima Almeida.
A filha disse ainda que a demora foi crucial para a morte do vendedor. "Ele poderia estar aqui com a gente hoje, mesmo que sendo cuidado. A gente preferia cuidar do meu pai, do que estar indo enterrá-lo. A demora foi crucial. Meu pai sempre fez de tudo pela gente e ele prometeu que as coisas iriam melhorar. Ele estava batalhando e trabalhando dia após dia, ele estava fazendo dobras, nem ia para casa, às vezes, para trabalhar mais e conseguir melhorar as coisas para a gente", desabafou. 
Wilson foi enterrado na tarde desta quarta-feira (8) no Cemitério de Irajá. Na despedida, estiveram amigos e familiares. Na saída do local, Wesley de Lima, um outro filho da vítima, falou com a imprensa. O jovem disse que o pai foi morto de forma covarde. "Um ser humano desse não tem alma. A família agora só pede justiça. Como ele (policial militar) sai atirando?", questionou.
A Justiça do Rio converteu em preventiva a prisão em flagrante do policial militar que atirou contra o vendedor. A 2ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM) acompanha o caso.