Morre segurança baleado por PM em confusão em bar de Campo Grande; baleiro foi primeira vítima
Funcionário foi baleado na perna ao tentar impedir que um policial militar entrasse armado no estabelecimento. Na ação, um baleiro foi morto e a mulher do militar baleada
Câmera na entrada do estabelecimento flagrou a confusão entre seguranças e o grupo do agente - Reprodução de vídeo
Câmera na entrada do estabelecimento flagrou a confusão entre seguranças e o grupo do agenteReprodução de vídeo
Rio - Morreu, na noite do último domingo (12), o chefe da segurança baleado durante uma confusão em um bar na Rua Guandú do Sapê, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. Sérgio Alves de Oliveira, conhecido como "Serjão", foi baleado na perna ao tentar impedir que um policial militar entrasse armado no estabelecimento. A vítima chegou a ser socorrida para o Hospital Municipal Rocha Faria, onde permaneceu internado por uma semana, mas não resistiu. A informação foi confirmada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Na ação, um baleiro foi morto e a mulher do militar baleada.
Segundo testemunhas, o PM tentou entrar armado no local, foi barrado pela segurança e acabou arrumando confusão com os funcionários. Descontrolado com a recusa, o policial, que não foi identificado, partiu para cima de "Serjão" e o baleou na perna. Na ação, Wilson Viana Almeida, que trabalhava como baleiro na região, foi atingido no pescoço. Ele chegou a ser socorrido para o Hospital Municipal Rocha Faria, passou por cirurgia, mas não resistiu.
Imagens da câmera de segurança do bar mostram o momento da confusão. No vídeo, é possível perceber o militar vestido de preto e outros amigos discutindo com o chefe da segurança, que aparece de camisa preta e branca. Em determinado momento, eles começam a trocar socos e vira uma confusão generalizada. Um outro rapaz é imobilizado, mas acaba conseguindo se soltar. Neste momento, o PM chega por trás e atira na perna de Serjão. Confira:
Em nota, a Polícia Militar informou que o policial militar de folga envolvido no tumulto foi conduzido à 35ª DP (Campo Grande), onde o caso foi registrado como homicídio. Já a Justiça do Rio converteu em preventiva a prisão em flagrante do policial militar. A 2ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM) acompanha o caso.
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