CPI pede indiciamento de quatro envolvidos no incêndio do Ninho do Urubu
Além deles, a CPI pediu o indiciamento de outras 15 pessoas nos incêndios do Hospital Badim, na Tijuca, Zona Norte do Rio, e da Whiskeria Quatro por Quatro, no Centro do Rio
O alojamento atingido pelo fogo se transformou em um amontoado de ferro retorcido e cinzas - Reprodução / Internet
O alojamento atingido pelo fogo se transformou em um amontoado de ferro retorcido e cinzasReprodução / Internet
Rio - A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Incêndios pediu, nesta terça-feira, ao Ministério Público do Rio (MPRJ) o indiciamento de quatro pessoas envolvidas incêndio no Ninho do Urubu, o Centro de Treinamento do Flamengo. Além deles, a CPI pediu o indiciamento de outras 15 pessoas nos incêndios do Hospital Badim, na Tijuca, Zona Norte do Rio, e da Whiskeria Quatro por Quatro, no Centro do Rio.
A lista inclui os nomes de quatro responsáveis do Flamengo, sendo o ex-diretor financeiro Márcio Garotti, o ex-diretor da base Carlos Noval, e os engenheiros Marcelo Sá e Luiz Felipe Pondé. O relatório da CPI também o indiciamento de representantes da empresa NHJ, que alugava os contêiners para o clube, e de um técnico em refrigeração. Os diretores do Hospital Badim e o dono da Whiskeria Quatro por Quatro também estão na lista.
"Agora tudo será devidamente encaminhado ao Ministério Público. Todos os documentos que embasam tudo o que apontamos na conclusão da CPI", explicou o presidente da CPI, o deputado Alexandre Knoploch (PSL). "Lembrando que ao longo da CPI nós já fornecemos material para o Ministério Público", completou.
Durante toda investigação, os deputados ouviram 86 pessoas para elaborar o relatório, entre autoridades, especialistas e familiares das vítimas. O documento final da CPI aponta que as causas do incêndio no Ninho do Urubu foram a falta de manutenção do ar condicionado, a ausência de saída de emergência e o uso incompatível de contêineres como dormitórios dos jovens atletas. Já no Hospital Badim, a CPI identificou que o gerador movido a combustível líquido no subsolo da unidade foi o responsável pelo fogo.
“Em todos os casos, encontramos muitas irregularidades. Convocamos todas as testemunhas possíveis, responsáveis pelas entidades envolvidas e especialistas. O resultado é um documento minucioso com mais de 400 páginas. Precisamos evitar novas tragédias”, ressaltou Knoploch.
Os três incêndios aconteceram em 2019 e deixaram 33 mortos. No Flamengo, dez pessoas morreram, enquanto no Hospital Badim foram 23 e três pessoas vieram a óbito na Whiskeria Quatro por Quatro.
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