Glaidson Acácio dos SantosREPRODUÇÃO DE VÍDEO

Rio - Preso desde agosto na Operação Kryptos, o 'Faraó dos Bitcoins' Glaidson Acácio dos Santos virou réu por mais um crime. Na noite de terça-feira (14), o Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) acolheu a denúncia do Ministério Público (MPRJ) por Glaidson ter ordenado o homicídio de Nilson Alves da Silva, o Nilsinho. O caso aconteceu em março e Nilsinho sobreviveu.
Além de Glaidson, outras cinco pessoas viraram rés pela tentativa de homicídio. O motivo, segundo as investigações, é que Nilsinho anunciou no início do ano que Glaidson seria preso pela Polícia Federal. Na época, Nilson, que também trabalha com investimentos em criptomoedas, sugeriu à aqueles que aportavam valores na conta de Glaidson que retirassem os valores e transferissem para a sua empresa.
Irritado com a estratégia de Nilsinho, Glaidson teria ordenado a morte. Rodrigo Silva Moreira, Fabio Natan do Nascimento (FB), Chingler Lopes Lima e Rafael Marques Gregório teriam sido os participantes do crime. Nilsinho foi baleado no dia 20 de março enquanto dirigia um carro de luxo pelas ruas de Cabo Frio. Ele chegou a ficar em estado grave, mas sobreviveu.
Assassinato em agosto
A 125ª DP (São Pedro da Aldeia) ainda investiga a morte de Wesley Pessano Santarém, trader e empresário do ramo de criptomoedas, em agosto. Pessano tinha 19 anos quando foi assassinado no bairro São João, em São Pedro da Aldeia.

No momento do crime, Wesley estava acompanhado de um amigo. Eles seguiam para um salão de cabelereiro, onde o investidor cortava o cabelo. Pessano morreu dentro do próprio carro, um Porsche Boxster, ano 2017, avaliado em cerca de R$480 mil, atingido por, pelo menos, quatro disparos de arma de fogo. O amigo dele também foi baleado, no braço e na costela, mas sobreviveu.
Até agora, oito pessoas foram presas pela morte de Pessano. Em novembro, policiais civis apreenderam um cofre contendo armas e munições pertencentes a Ananias da Cruz Vieira, responsável por recrutar e pagar executores do trader.